LOTUS ESPRIT TURBO DE USO PESSOAL DE COLIN CHAPMAN ESTÁ À VENDA
Não é difícil encontrar no mercado de clássicos veículos que tenham pertencido a alguma celebridade. Sejam estrelas do esporte ou do mundo do espetáculo, já que a cada poucos meses surge alguma unidade com um histórico de propriedade curioso ou chamativo. No entanto, é muito mais raro tropeçarmos com o veículo pessoal do fundador de uma marca de esportivos, como neste caso, em que surge o Lotus Esprit de nada menos que Colin Chapman.
Apesar das facilidades que têm os dirigentes de marcas para desfilar com um de seus veículos, a verdade é que foram poucas as vezes que surgiram à venda modelos de uso pessoal dos fundadores das principais empresas de esportivos. Como foram os casos do Ferrari F330 GT 2+2 de Enzo Ferrari e o McLaren M6GT de Bruce McLaren.
O exemplar de Colin Chapman corresponde a um Lotus Esprit Turbo Serie 3 de 1981, um dos 143 que contaram com lubrificação por cárter seco, mas ao contrário do resto da série, este contou com várias modificações solicitadas pelo próprio Chapman. De modo que devido à sua configuração se trata de uma peça única, embora à primeira vista pareça um Esprit Turbo convencional.
A nível mecânico, esta unidade não contou com mudanças, de modo que debaixo do capô traseiro continua o mesmo motor de 4 cilindros e 2.2 litros sobrealimentado que entrega 218 cv e que está acoplado a uma transmissão manual de 5 velocidades de origem Citroën. As mudanças surgem no interior, que aparece revestido em couro e tapeçaria em tom avermelhado, um sistema de direção assistida único e filtro antipolem, instalado precisamente devido às alergias de Chapman. Além disso, este exemplar conta com as grafias exteriores do modelo de 1980, rodas BBS e uma suspensão ligeiramente rebaixada.
O especialista responsável por sua venda anuncia um preço de 100.000 libras esterlinas (709.000 reais), o dobro de qualquer outro exemplar do modelo neste estado de conservação. Essa cifra se justifica por sua condição de peça única e seu histórico, pois além de Chapman, foi conduzido também por personalidades como Margaret Thatcher e o piloto de Fórmula 1 Elio De Angelis. Além disso, Colin Chapman faleceu em 1982 em um acidente aéreo, portanto, significa que este foi seu último veículo pessoal.