LOTUS SE DESENTENDE COM A WILLIAMS PARA O DESENVOLVIMENTO DO EVIJA
Em um estranho e inesperado movimento da Lotus Cars, que sem prévio aviso nem motivos aparentes decidiu romper de maneira unilateral o contrato de colaboração que mantinha com a Williams Advanced Engineering, a divisão de engenharia e consultoria técnica da Williams F1, para o desenvolvimento do novo Lotus Evija.
Esta decisão da Lotus surpreende a todos, pois desde o primeiro momento a Williams Advanced Engineering foi uma das peças chave desse projeto graças à sua ampla experiência no desenvolvimento de veículos elétricos e sistemas de alta voltagem. Já que participou em diversos projetos relacionados com veículos e sistemas motrizes elétricos, além de ter desenvolvido sua própria plataforma modular para veículos elétricos, que está disponível para qualquer fabricante que queira utilizá-la.
Segundo o comunicado da Lotus: “A Williams Advanced Engineering foi um sócio técnico, aportando experiência específica no desenvolvimento das baterias e do sistema de alta voltagem ao projeto do hiperesportivo Evija. Quando o programa entrou em suas últimas etapas antes da interrupção pelo Covid-19, a Lotus escolheu continuar o projeto de maneira interna devido a problemas de entregas da Williams Advanced Engineering. A Lotus completará e melhorará o programa de maneira interna como se mencionou em declarações anteriores e comunicados sobre nosso novo Advanced Technical Center de Warwickshire e do revisado calendário de produção do Evija. O resultado final será um produto melhor, já que apresentamos não só o automóvel de produção mais potente do mundo, mas também o melhor carro elétrico do mundo para os condutores”.
Como podemos ver, o fabricante britânico revela em suas declarações oficiais quais são os motivos específicos que impulsionaram a marca livrar-se de um sócio como a Williams a estas alturas do projeto que precisamente está prestes a finalizar. Há poucos dias surgiu um relato da marca de Hethel que advertia que as primeiras entregas do novo Evija haviam sido atrasadas até o início do próximo ano, já que devido à recente crise sanitária não puderam realizar os habituais testes de desenvolvimento em distintos pontos da Europa.
Não podemos confirmar quais foram os motivos que levaram a Lotus a rescindir inesperadamente o contrato com Williams, mas supomos que foi uma decisão de última hora promovido por sua casa matriz, a Geely, para tratar de reduzir os custos do projeto após a desaceleração econômica sofrida durante o confinamento agora que o projeto está quase pronto. Embora não pareça que a Williams irá se conformar com esta decisão, já anunciou que está tomando as medidas legais cabíveis, já que para eles não há motivo algum para rescindir o contrato a estas alturas.