MASERATI REVÊ SEUS PLANOS PARA RECUPERAR SEU DESEMPENHO NA CHINA

O novo homem no comando da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) é Mike Manley. No último mês de julho Manley foi escolhido como o dirigente máximo de um dos gigantes da indústria automobilística depois do falecimento de Sergio Marchionne por causa de uma grave enfermidade. Agora, uma vez definido em seu novo cargo, Manley deve estabelecer o rumo que seguirá cada uma das empresas do grupo para reverter a situação que vivem atualmente. E no caso concreto da Maserati, já está muito claro, concentrar seus esforços na China.
A marca do tridente não passa por seu melhor momento na China e prova disso são os números de vendas e unidades enviadas para aquele mercado. Mike Manley foi muito taxativo ao afirmar de maneira clara que a Maserati voltará ao crescimento e com rentabilidade no gigante asiático após um decepcionante segundo trimestre: “Tenho confiança na equipe da Maserati para compensar qualquer déficit que houve nas vendas”.
O fato é que se comparamos as entregas da Maserati na China durante o segundo trimestre de 2018 com o do exercício passado, houve uma queda de 69%. No entanto, a Maserati não vive essa situação somente na China, já que em outros mercados como América do Norte, Europa, Oriente Médio e África, também houve uma redução de vendas igualmente significativa em relação a exercícios passados.
Entretanto, a direção da FCA assinala que a China é a principal causa da queda das vendas e, portanto, dos lucros, que está tendo a Maserati. Embora Manley reconheça que as entregas da Maserati tenham caído em outras áreas no segundo trimestre, como nos Estados Unidos, “70% do problema está focado na China”. Foi no último mês de maio que o Governo da China anunciou que cortaria as tarifas de importação para automóveis e componentes fabricados no exterior em 15% a partir do dia 1º de julho.
Para o recém-nomeado CEO da Fiat Chrysler Automobiles parte do brusco declínio registrado pela Maserati no segundo trimestre está relacionado com esse anúncio do governo chinês, já que inúmeros concessionários cancelaram seus pedidos e optaram por não importar veículos até o dia 1º de julho com o objetivo de beneficiar-se do corte nas tarifas. Em junho, segundo dados da associação chinesa de concessionários, as importações diminuíram 87% em relação ao mesmo período do exercício anterior.
No primeiro semestre deste ano, a Maserati enviou à China 17.200 veículos, ou seja, 31% a menos que na primeira metade de 2017, quando foram registradas 25.100 unidades. Devido ao baixo volume, grande parte da margem de lucros virou fumaça e os ganhos antes dos impostos e juros foram de somente 2 milhões em relação aos 152 milhões de euros do ano passado.
Para reverter essa situação e dar um autêntico impulso à empresa, a FCA colocará em andamento um plano quinquenal para a Maserati até o ano de 2022 e que estabelece a renovação dos modelos atuais, o lançamento de novos veículos, a aposta nas mecânicas eletrificadas e, em suma, a modernização da marca italiana. A introdução de um novo SUV também será fundamental na expansão internacional da Maserati. Como resultado desses investimentos a FCA prevê que a Maserati aumente suas vendas globais em 62% até 2022.