MAZDA REVELA O VISION X-COMPACT NO JAPAN MOBILITY SHOW 2025
No efervescente Japan Mobility Show 2025, que abriu suas portas nesta semana no Tokyo Big Sight, a Mazda surpreendeu com o Vision X-Compact, um conceito de hatchback urbano minúsculo que parece saído de um conto japonês moderno: fofo por fora, inteligente por dentro e pronto para ser seu companheiro de rotinas caóticas. Apresentado ao lado do mais robusto Vision X-Coupe, o modelo encapsula o tema da montadora para o evento - ‘The Joy of Driving Fuels a Sustainable Tomorrow’ para 2035 -, apostando em uma fusão de design Kodo minimalista com inteligência artificial empática que transforma o carro em um ‘amigo próximo’. Com dimensões de brinquedo e ambições de produção para o final da década, o X-Compact mira mercados compactos como o Japão e Europa, onde veículos kei-like crescem 10% ao ano em meio à urbanização acelerada.
O Vision X-Compact é, francamente, adorável - um cubinho vermelho de 3.825 mm de comprimento, 1.795 mm de largura e 1.470 mm de altura, com entre-eixos de 2.515 mm que o tornam ainda menor que o atual Mazda2. Sua silhueta evoca um FIAT 500 revisitado por artesãos de Hiroshima: linhas fluidas e cabine avançada, faróis LED verticais em formato de ‘L’ que ecoam a herança Kodo ‘alma do movimento’, e lanternas traseiras em C invertido que se conectam a um difusor proeminente. Sem retrovisores tradicionais, câmeras laterais e rodas com raios funky reforçam o ar futurista, enquanto a pintura vermelha vibrante e superfícies lisas como se polidas por um riacho - fiel à filosofia Kodo - criam uma presença urbana que grita “eu sou prático, mas chique”.
“É um exercício para aprofundar o laço entre humanos e máquinas, usando o espaço íntimo para criar conexões reais”, explicou Tomohiro Yamamoto, designer-chefe da Mazda, no briefing, destacando como o conceito foge das restrições kei para uma liberdade criativa maior.
O coração do X-Compact não bate em cilindros, mas em bits: uma IA empática que funde modelagem sensorial digital com conversas naturais, atuando como um companheiro que elogia uma manobra suave no trânsito ou sugere rotas baseadas no humor do condutor. Imagine: “Ei, você parece estressado - que tal um desvio por aquele café escondido?” A tecnologia, inspirada no Google Gemini que estreia em modelos de produção da Mazda em 2026, monitora blind spots com alertas sutis e expande o ‘mundo do condutor’ com recomendações personalizadas, tudo sem invadir a privacidade. Embora detalhes mecânicos sejam velados, o conceito alinha-se à sustentabilidade da marca, incorporando combustível carbono-neutro de microalgas e o ‘Mazda Mobile Carbon Capture’ - um sistema que captura CO2 do escapamento para reciclagem, tornando o veículo ‘mais limpo quanto mais rodado’. Rumores apontam para um híbrido leve ou EV puro, com autonomia urbana acima de 300 km, otimizado para cidades densas.
Parte de uma dupla visionária que marca a evolução da Mazda rumo ao ‘Radically Human’ - priorizando o ‘Joy of Living’ sobre o mero transporte -, o X-Compact contrasta com o X-Coupé rotativo de 510 cv, mas compartilha a visão de mobilidade que une emoção e ecologia. “Queremos carros que não só dirijam, mas sintam e inspirem”, afirmou Masahiro Moro, CEO da Mazda, no evento, em meio a mais de 510 expositores que fervilham com rivais como o Honda Super-N e o Toyota Century. Analistas elogiam: em um mundo onde EVs solitários dominam, essa ‘IA amigável’ poderia injetar bilhões em vendas, especialmente na Ásia, embora questões éticas sobre ‘empatia artificial’ gerem debates - afinal, quem quer um carro que te bajule demais?
Enquanto o show segue até 9 de novembro, com demos dinâmicas e testes de IA, fica claro: o Vision X-Compact 2025 não é só um carro; é um terapeuta sobre rodas, pronto para tornar o engarrafamento em uma jornada de autodescoberta.