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Em um tributo pulsante ao legado rotativo da marca, a Mazda tirou o véu do Vision X-Coupe nesta semana durante a conferência de imprensa do Japan Mobility Show 2025, no Tokyo Big Sight, apresentando um conceito de sports coupé que funde a herança ‘Kodo - Soul of Motion’ com inovações sustentáveis que beiram o utópico. Com 5 metros de comprimento e um powertrain plug-in hybrid que entrega impressionantes 510 cv, o X-Coupé não é só uma visão de design fluido - é uma máquina que captura CO2 do escapamento, transformando emissões em fertilizante para algas, e promete uma autonomia de até 800 km. Apresentado ao lado do compacto X-Compact, o modelo encarna o tema do estande da Mazda: ‘The Joy of Driving Fuels a Sustainable Tomorrow’ para 2035, sinalizando uma produção potencial no final da década para mercados globais, onde coupés premium crescem 6% ao ano em meio à transição elétrica.

O Vision X-Coupé é uma ode visual à evolução do Kodo, a linguagem de design da Mazda que, há uma década, transformou pedras lisas por riachos em linhas automotivas hipnóticas. Com proporções cab-rearward extremas - capô longo, cabine recuada e teto inclinado em fastback -, o conceito mede 5.000 mm de comprimento e 2.700 mm de entre-eixos, superando o Mazda6 em sofisticação. A carroceria, em tons metálicos que evocam o brilho de um seixo polido, exibe faróis LED verticais com elementos em ‘L’ abaixo, portas sem molduras para um acesso elegante e uma traseira Kamm-tail com para-brisa em U invertido que conecta lanternas em C. Sem retrovisores tradicionais, câmeras laterais e rodas com raios aerodinâmicos reforçam o ar futurista de um sedan de quatro portas disfarçado de coupé de quatro lugares. “É o rotary renascido, não como relíquia, mas como herói ecológico”, declarou Masahiro Moro, CEO da Mazda, no evento, destacando como o design “aprofunda o laço entre homem e máquina” em uma era de mobilidade verde.

Sob o capô, o coração é um bloco two-rotor rotary turbo integrado a um motor elétrico e bateria, gerando 510 cv de potência bruta - o suficiente para rivalizar com um Porsche 911 híbrido, mas com zero culpa ambiental. Em modo EV puro, o X-Coupé roda 160 km; combinado ao motor, chega a 800 km. O diferencial? Combustível carbono-neutro derivado de microalgas, aliado à tecnologia proprietária ‘Mazda Mobile Carbon Capture’, que extrai CO2 diretamente do escapamento para reciclagem em cultivos algais, reduzindo emissões quanto mais o carro é usado. A Mazda testará isso em novembro, em uma corrida de endurance com o Mazda 55 equipado com o sistema, provando que o ‘rotary que ruge’ pode, enfim, sussurrar para o planeta. Alinhado à meta de 30 EVs e híbridos até 2030, o conceito usa materiais sustentáveis e tração integral para uma dinâmica que, segundo engenheiros, “torna cada curva uma conversa com a alma do movimento”.

Parte de uma dupla visionária que marca o ‘Radically Human’ da Mazda - priorizando o ‘Joy of Living’ sobre o mero deslocamento -, o X-Coupé contrasta com o X-Compact ‘empático’, mas compartilha a ambição de reconectar condutores à emoção pura em um mundo de algoritmos. Apresentado em meio a mais de 510 expositores, ao lado de rivais como o Honda Super-N e o Toyota Century, o conceito rouba olhares de entusiastas que sonham com um sucessor ao RX-8. Analistas preveem impacto: com o rotary hibernando desde 2012, esse retorno poderia injetar bilhões em vendas, especialmente na Ásia e Europa, embora desafios como custos de produção e regulamentações para captura de carbono persistam.

Enquanto o show segue até 9 de novembro, com demonstrações dinâmicas e testes de captura de carbono, uma certeza paira: o Vision X-Coupé não é só um carro; é um rotary ressuscitado, pronto para acelerar a sustentabilidade com o ronco que os fãs tanto amam. Fique atento para mais revelações dessa revolução rotativa.