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Quando a McLaren apresentou o Elva deixou todo o mundo surpreso, nem tanto por suas especificações, mas pelo seu design, já que este espetacular superesportivo se caracteriza por não contar com vidros nem para-brisa. Isso provocou certo rebuliço, já que ninguém imaginava que um veículo capaz de superar os 300 km/h pudesse ser conduzido sem estes elementos básicos com um certo grau de conforto, mas foi então que a marca britânica detalhou seu sistema de aerodinâmica ativa.

O Active Air Management System (AAMS), ou seja, o Sistema de Gestão Ativa do Ar, trabalha de tal forma que é capaz de gerar um para-brisa virtual, pois cria um canal de ar que passa pelo nariz do carro e sai do capô, dando como resultado uma espécie de ‘cúpula’ artificial. Pois bem, a McLaren agora optou por oferecer o Elva com para-brisa para todos aqueles clientes que prefiram ter uma tela física em lugar desta solução aerodinâmica avançada, ao mesmo tempo que cumpre com os requisitos legais em alguns estados dos Estados Unidos.

O fabricante britânico garante que a inclusão deste elemento não altera o desempenho dinâmico e a rigidez de um veículo que segue fiel à sua essência, já que não tem teto, vidros laterais nem vidro vigia traseiro. Além disso, o peso foi contido na medida do possível, sendo que a presença do limpador de para-brisa com sensor de chuva sincronizado eletronicamente, jatos de água e para sóis, assim como o próprio para-brisa térmico de vidro emoldurado em uma estrutura de fibra de carbono, acrescentam apenas 20 quilos ao conjunto.

“Superleve e extremamente potente, o Elva oferece a máxima conexão entre o condutor, a estrada e os elementos. Criado para celebrar o puro prazer de conduzir, trata-se de um dos carros mais diferenciados - e exclusivos - que já fabricamos. Sem teto e sem vidros, agora é possível optar tanto pelo modelo sem para-brisa com sua sofisticada tecnologia AAMS que proporciona uma barreira invisível de ar, como pela versão com para-brisa com um nível adicional de proteção, uma vez que estamos falando de um roadster que compensa os seus proprietários com a mais estimulante das experiências de condução ao ar livre, como apenas um McLaren é capaz de oferecer”, comenta Mike Flewitt, CEO da McLaren Automotive.

Na parte mecânica não há nenhuma alteração, de modo que segue estando presente um motor V8 biturbo de 4.0 litros que desenvolve 815 cv de potência e um torque máximo de 800 Nm, acoplado a uma transmissão automática de dupla embreagem com 7 relações. Toda a energia é enviada ao eixo traseiro de forma que este veículo é capaz de alcançar os 100 km/h em apenas 2.8 segundos e chega até os 200 km/k em 6.8 segundos.

A McLaren aproveitou a ocasião para exibir esta versão com para-brisa com uma decoração ‘Satin Casa Blue’ que presta tributo aos carros de competição da década de 60 pilotados por Bruce McLaren. Um trabalho de personalização realizado pelo departamento MSO da empresa e que poderá ser desfrutado pelos afortunados que conseguirem adquirir um dos 149 exemplares disponíveis. As primeiras unidades chegarão no final deste ano.