McLAREN SE RENDE À ‘FEBRE SUV’ E PREPARA UM CROSSOVER 100% ELÉTRICO

Nos últimos anos a McLaren deixou claro ativa e passivamente que não subiria no vagão da moda SUV. O fabricante britânico continuou concentrando-se no desenvolvimento de superesportivos e hiperesportivos em formato tradicional. No entanto, os tempos mudaram e a denominada ‘febre SUV’ não mostra sinais de que irá diminuir no curto ou médio prazo. É por isso que o pessoal de Woking decidiu se render à essa tendência.
A mudança de opinião da McLaren sobre os crossovers se deve, em grande parte, ao aumento da mobilidade elétrica. Acontece que a eletrificação será fundamental no novo projeto que já está sendo gerido no ‘quartel general’ da marca britânica. Um modelo que, se tudo correr bem, verá a luz até o ano de 2030. Em algum momento da segunda metade desta década.
Este novo modelo, cujo nome ainda é desconhecido, será uma proposta completamente elétrica a bateria. Não está sobre a mesa oferecer versões híbridas convencionais com motor a combustão interna. Como bem destacamos, trata-se de um projeto patrocinado pelo auge do carro elétrico no mundo.
Os futuros lançamentos da McLaren serão marcados por um design baixo e compacto. Além disso, utilizarão dois ou três motores para contar com uma configuração de tração nas quatro rodas. Tudo isso sob a premissa de oferecer um nível de rendimento e desempenho equiparáveis aos do Aston Martin DBX, por exemplo. Aliás, não devemos perder de vista o Lamborghini Urus.
O preço será um fator determinante. Tendo em conta seu tamanho e complexidade, mais o custo do que sem dúvida será uma bateria com tecnologia de ponta, abre a porta a um preço que deverá rondar as 350.000 libras esterlinas, algo como 2.2 milhões de reais. Materializando-se este preço de venda, haverá uma grande diferença em relação ao Lotus Eletre, um dos novos SUV elétricos de luxo que surgiram recentemente.
O sucesso de vendas que estão conseguindo as marcas rivais da McLaren foram um fator determinante na mudança de opinião da empresa em relação aos SUVs. Podemos usar como exemplo a Porsche, que em 2021 alcançou um novo recorde de entregas de carros graças à popularidade de seus crossovers Macan e Cayenne. Ambos os modelos representaram mais da metade das vendas da empresa. O mesmo ocorre com Aston Martin e Lamborghini.
Por outro lado, e como se não bastasse, em breve a lendária Ferrari fará o mesmo e entrará no segmento SUV com sua primeira proposta, o esperado Ferrari Purosangue. Um modelo que, ao contrário do que planeja a McLaren, apostará inicialmente em um clássico motor V12.
Também cabe destacar a chegada de Michael Leiters ao cargo de CEO da McLaren. Este engenheiro alemão esteve mais de uma década na Porsche e desempenhou um papel relevante na gestação dos mencionados Macan e Cayenne. Leiters ocupa agora o lugar de Mike Flewitt, um executivo que rejeitou em incontáveis ocasiões a aposta nos SUVs. No entanto, sua renúncia do cargo abre a porta para uma nova era para a marca britânica.