MERCEDES-BENZ SEGUIRÁ APOSTANDO NOS SISTEMAS HÍBRIDOS DIESEL

Enquanto a maior parte dos fabricantes está mudando sua estratégia de hibridação passando de motores diesel para blocos a gasolina, alguns fabricantes apostam pelo contrário.
Até poucos anos, a Mercedes-Benz contava com suas versões Bluetec Hybrid que foram sendo substituídas progressivamente por uma nova geração de híbridos com motores a gasolina. Mas segundo a marca de Stuttgart, o diesel ainda tem um longo futuro pela frente, e além de 2025, ano que a marca estima que somente 25% das unidades vendidas em todo o mundo serão elétricos puros, ou seja, alimentados por célula de combustível ou bateria. Os outros 75% restantes manterão um motor a combustão interna, podendo ser híbrido, a gasolina ou diesel, e a empresa continuará trabalhando para que estes sejam mais limpos ainda.
A Mercedes-Benz apresentou no Simpósio Anual sobre Tecnologia Automobilística que se celebra em Aachen, Alemanha, um novo sistema híbrido para ser montado a partir do C Class até o S Class e em qualquer tipo de carroceria, tomando como base o novo propulsor diesel de quatro cilindros OM 654 (na imagem) com 2.0 litros e 194 cv de potência máxima oferecido no E Class, tão carregado de tecnologia que reduz os números de NOx em 80% seguindo o novo ciclo de medições WLTP em condições reais.
A esse motor diesel foi associado um motor elétrico que produzirá uma potência máxima de 122 cv, surgindo acoplado à nova transmissão automática de nove velocidades 9G-Tronic, rendendo uma potência máxima conjunta de 315 cv e um torque máximo de 700 Nm. Comparado com o sistema anterior, o motor elétrico não é conectado diretamente à transmissão, mas através de um conversor de torque. Além disso, conta com um amortecedor para reduzir as vibrações do motor diesel junto com outro entre o próprio bloco e a transmissão.
Com mais detalhes, o motor elétrico utilizado é o mesmo que nos híbridos com motor a gasolina, mas foi reprojetado por completo para aumentar sua potencia até 122 cv e oferecer um torque máximo e imediato de 440 Nm, contando com uma refrigeração própria.
Esse novo motor elétrico também funciona como gerador, alimentando uma nova bateria de íons de lítio e oferecendo uma capacidade de 13,5 kWh graças a uma nova composição química das células da bateria, que permite em modo totalmente elétrico uma autonomia de até 50 quilômetros.
Comparando com a bateria anterior, também teve uma melhora importante na capacidade de carga, que foi duplicada passando de 3,6 kW a 7,2 kW. O fabricante estima que poderá ser carregada por completo em menos de duas horas se for utilizada uma conexão de 400V ou em sete horas se for utilizada uma tomada elétrica doméstica de 220V.