MERCEDES-BENZ VITO 108 E 1996: O PRIMEIRO VITO 100% ELÉTRICO
Hoje em dia, percebemos como os veículos elétricos estão cada vez mais presentes entre nós. A maioria dos fabricantes conta com modelos totalmente elétricos em sua linha e o interesse em conduzir com zero emissões nas cidades está aumentando. Mas, há 25 anos, a Mercedes-Benz já se preocupava em reduzir as emissões, apresentando o primeiro Vito 100% elétrico da história, o Mercedes-Benz Vito 108 E de 1996.
Hoje não pareceria estranho, mas naquela época os carros elétricos soavam como ficção científica para a grande maioria da população. Embora não possamos esquecer que os motores elétricos nos automóveis são quase tão antigos como os próprios veículos. O Mercedes-Benz Vito elétrico de 1996 foi criado sobre a base da primeira geração do Vito a combustão, com o propósito de proporcionar um veículo de uso comercial que não emitisse gases poluentes.
A marca alemã apresentou a versão elétrica justamente alguns meses depois da estreia mundial do Vito com motor térmico. No folheto informativo, o Vito 108 E era descrito como “especialmente adequado para os serviços de distribuição e passageiros no interior das cidades”. Além disso, oferecia espaço para até oito pessoas e uma carga útil de 600 kg.
O Mercedes-Benz Vito 108 E de 1996 era impulsionado por um motor assíncrono trifásico refrigerado por água, que entregava 40 kW e um torque máximo de 190 Nm às 2.000 rpm. Alcançava uma velocidade máxima de 120 km/h. O motor era acoplado a uma transmissão manual de 5 velocidades, algo que hoje seria impensável, quando todos os carros elétricos equipam uma transmissão automática e do tipo CVT.
Equipava, além disso, uma bateria ZEBRA (Zero Emission Battery Research Activities) que se localizava na parte posterior, justamente atrás dos bancos da segunda fila. Esta bateria proporcionava ao Vito elétrico uma autonomia de cerca de 170 km.
Na realidade, a bateria do Mercedes-Benz Vito 108 E de 1996 não era uma novidade, pois já havia sido utilizada alguns anos antes de maneira experimental no Mercedes-Benz C Class da série W202. A unidade de armazenamento de energia da bateria, a base de cloreto de sódio e níquel, gerava uma tensão nominal de 280 volts e uma capacidade de 35.6 kW.
A bateria podia ser recarregada em cerca de 30 minutos, através de um processo de carga rápida. Além disso, enquanto circulava, o motor recarregava a bateria durante as frenagens de maneira regenerativa.
O furgão elétrico da Mercedes-Benz foi fabricado na planta de Mannheim, no Centro de Competência para a Mobilidade Livre de Emissões (KEM). Segundo assinalava um comunicado de imprensa da época, tinha um preço três vezes superior a um Vito com motor a combustão, “como resultado da produção em série e em pequena escala para a eletrificação de veículos e a produção da nova bateria ZEBRA”.
No Centro de Competência para a Mobilidade Livre de Emissões eram instalados sistemas de propulsão alternativos em caminhões e furgões destinadas na maior parte, a empresas de distribuição. Por exemplo, o serviço de correio da Alemanha, Deutsche Post AG, utilizou o Vito 108 E para suas entregas a partir de 1999.
Hoje, a marca da estrela conta com uma ampla frota de veículos zero emissões, como o Mercedes-Benz EQV, o Mercedes-Benz eVito Tourer, o Mercedes-Benz eVito Furgão e o Mercedes-Benz eSprinter, todos eles com múltiplas versões, de acordo com as necessidades de cada cliente.
