NISSAN GT-R SE RENDERÁ À HIBRIDAÇÃO PARA CONTINUAR USANDO UM MOTOR V6

Ao longo dos anos o debate sobre a continuidade do Nissan GT-R colocou o foco na parte mecânica. Mais do que falar sobre se o GT-R seguirá fazendo parte, ou não, da linha Nissan, devemos dar uma ênfase especial à fórmula que o fabricante japonês optará para que o público possa desfrutar de uma nova geração do seu icônico modelo.
Os últimos informes que surgiram sobre a nova geração do Nissan GT-R assinalavam que o compromisso com a eletrificação eram favas contadas. Agora, quase um ano depois, surge uma nova e interessante informação sobre o futuro do GT-R, uma das lendas sobre rodas que seguem vivas no mercado.
O lançamento do novo Nissan Z demonstrou que continua sendo possível criar um esportivo para os entusiastas da ‘velha escola’. No entanto, optar por essa fórmula significa um sacrifício importante. É a impossibilidade de poder comercializá-lo em determinados mercados onde as normas de emissões são muito restritas, como por exemplo, a União Europeia. É por isso que o sucessor do Nissan 370Z não chegará aos concessionários europeus.
Dar vida a um veículo global significa considerar os padrões exigidos no Velho Continente. E no caso do GT-R, praticamente obriga a Nissan a apostar na eletrificação. O esportivo coupe da Nissan esteve à venda praticamente sem alterações (exceto sutis atualizações) durante mais de uma década. É por isso que o novo modelo, conhecido pelo código ‘R36’, trará importantes novidades. Especialmente na parte mecânica.
Makoto Uchida, CEO da Nissan, realizou interessantes declarações aos britânicos da Autocar sobre o futuro do GT-R: “Estamos vendo como podemos eletrificá-lo. O ‘Z’ é para alguém como eu, que curte os carros esportivos. O GT-R é uma máquina profissional e temos que trabalhá-lo”.
Em 2018 o próprio Alfonso Albaisa, Chefe de Design da Nissan, destacou que o trabalho de desenvolvimento da nova geração do GT-R já havia começado e que uma das prioridades máximas do modelo R36 é que seja “o superesportivo mais rápido do mundo”. Na época, Albaisa assegurava que ainda era factível conseguir esse título sem um sistema híbrido. Agora, os tempos mudaram e a tecnologia evoluiu.
Para que o novo GT-R continue usando um motor V6 é necessário recorrer a algum tipo de hibridação. Lembrando que a Nissan já deu vida a um motor V6 de 3.0 litros híbrido que foi utilizado no Campeonato Mundial de Resistência. A experiência colhida é, em princípio, determinante para ser aplicada em veículos de produção. É uma das opções que estão sobre a mesa e que assinalam os mencionados informes que chegam de terras britânicas.
Além dos ajustes que serão produzidos na parte mecânica, haverá novidades em matéria de design exterior e de equipamento tecnológico. Especialmente em termos de conectividade e segurança.