NISSAN QASHQAI CONCEPT: ESPAÇO E FLEXIBILIDADE
Se pudéssemos usar uma máquina do tempo para viajar ao início deste século, descobriríamos um monte de coisas interessantes relacionadas com o mundo automobilístico. Por exemplo, os monovolumes estavam na moda, o diesel tinha uma saúde de ferro e a eletrificação era um sonho ainda distante.
Com relação aos SUVs e crossovers, naquela época eram daqueles carros curiosos para aventureiros, que ainda não tinham muita força. Por isso, o protótipo que aparece nas imagens é essencial para entender o panorama no setor durante os anos sucessivos. Afinal de contas, adiantava a imagem do crossover mais popular nos mercados europeus hoje em dia.
Apresentado no Salão de Genebra de 2004, o Nissan Qashqai Concept causou uma grande expectativa. Denominado pela própria marca como um ‘nômade urbano’, estava destinado a adaptar-se aos novos gostos e necessidades dos clientes da época.
Desta forma, se propunha um modelo que oferecesse “espaço interior suficiente para a família, a robustez de um 4x4, além do conforto e a facilidade de condução de um carro de passageiros tradicional”. Afinal, a Nissan estava descobrindo algo tão valioso como a própria fórmula da Coca-Cola.
Além de tudo isso, o Qashqai Concept assegurava uma imagem diferenciada, prometendo aos condutores do mundo a se destacarem sobre a multidão. Uma qualidade que, quando o modelo definitivo chegou aos concessionários em 2006, foi mais do que capaz de manter.
Centrando-nos no protótipo, foi obra do Centro Europeu de Design da Nissan, estreado em Londres apenas um ano antes. Em sua concepção participaram 50 projetistas, com uma ideia clara em mente: adiantar a linguagem de estilo dos futuros modelos da empresa, destinados aos mercados do Velho Continente.
Espaço e flexibilidade. Sobre esses dois preceitos foi construído o exercício de estilo, que dispensava o pilar central e contava com portas traseiras de abertura contrária ao habitual, de forma a garantir um maior conforto, mas sem que a estrutura “se visse comprometida em nenhum momento”.
Nesse sentido prático, também se destacavam os bancos dobráveis, que proporcionavam espaço para guardar com absoluta facilidade, as bicicletas, todo o equipamento necessário para as atividades de lazer e as compras de algumas semanas.
Sobre a parte mecânica, na época não foi fornecida nenhuma informação, mas o modelo definitivo, que chegou apenas dois anos depois, contava com mecânicas a gasolina e diesel, entre 106 e 150 cv, que se podiam ser combinados com a tração dianteira ou a total ALL-MODE 4x4.