O DOWNSIZING DOS MOTORES TERÁ QUE SER REVISADO COM A NOVA NORMA EURO 6C QUE CHEGA EM 2019
O downsizing chegou ao mercado há relativamente pouco tempo. Com ele, o que as marcas de carros buscavam era diminuir o consumo de seus motores a gasolina para que estivessem mais próximos de seus motores diesel. Basicamente com essa técnica o que se faz é diminuir a cilindrada e/ou o número de cilindros dos motores e incluir a sobrealimentação para compensar essas variações.
A primeira marca que apostou abertamente nisso foi a Ford e o fez pela porta da frente. A primeira motorização que estreou essa nova tendência foi o 1.0 EcoBoost com 100 e 125 cv. Esse motor aposentou os anteriores 1.6 a gasolina aspirados da marca. Além disso, se olharmos na versão com 100 cv as emissões de CO2 ficavam em 109 g/km.
Essa motorização recebeu diversos prêmios em todo o mundo. Por essa razão as outras marcas se lançaram de cabeça em projetar suas motorizações downsizing. A Volkswagen, PSA (Peugeot-Citroën-DS), General Motors, Fiat, Hyundai/Kia, e inclusive algum fabricante japonês já contam em suas linhas com uma motorização desse tipo. No entanto, essas mecânicas de novo desenvolvimento poderão estar em perigo uma vez entre em funcionamento a nova versão da norma Euro 6, a C.
De acordo com a Automotive News Europe, quando a norma antipoluição Euro 6C entrar em funcionamento, as marcas terão que homologar os consumos e emissões de suas motorizações seguindo um critério mais real e aí é onde surge o problema. As mecânicas downsizing são muito eficientes na hora de emitir CO2 à atmosfera, no entanto, se falamos de óxidos de nitrogênio NOx e partículas tóxicas (PM), são uma fábrica rodante de contaminação.
Portanto, as marcas terão que redesenhar essas mecânicas e incluir-lhes filtros anti-partículas e outros sistemas para eliminar esses gases. Embora seja muito tempo até o ano de 2019, muitas das mecânicas downsizing que conhecemos hoje em dia acabarão morrendo pelos elevados custos que as marcas terão para modificá-las e adaptá-las. A solução para esse problema poderá passar pela hibridação dos modelos e um aumento das cilindradas para que os motores não trabalhem tão apertados e possam cumprir com a próxima norma anti-poluição.