O FABRICANTE MALAIO PROTON BUSCA PARCEIROS E O GRUPO PSA É UM DOS INTERESSADOS
O fabricante de automóveis malaio Proton, que detém a Lotus, está despertando o interesse de grandes grupos automobilísticos, que veem a oportunidade de adquirir uma parte de suas ações como forma de ampliar a sua rede de parcerias e acessar a novos mercados da Ásia de forma mais fácil.
De acordo com as informações do site Automotive News Europe, as francesas PSA e Renault e a japonesa Suzuki manifestaram interesse em entrar no capital da Proton, sendo esse também o objetivo da empresa-mãe, a DRB-Hicom, de forma a revitalizar o fabricante de veículos.
Tendo crescido bastante no final da década de 90 - numa época em que a indústria daquele país dava um sinal de crescimento e em que as Torres Petronas eram um símbolo dessa pujança -, a Proton tem visto as suas vendas caírem, e consequentemente os lucros, portanto, a opção de encontrar um parceiro para alavancar o crescimento da marca tornou-se a opção mais vantajosa.
De acordo com fontes próximas do assunto, ouvidas pelo Automotive News Europe, a DRB-Hicom não descarta a possibilidade de vender até mesmo uma parte majoritária das ações ou até mesmo a Lotus, marca britânica de elevado carisma e potencial valor que está atualmente integrada no seu grupo. Para ajudar a Proton superar as dificuldades financeiras por que passa, o governo malaio chegou mesmo a investir cerca de 370 milhões de dólares, mas a opção pelo estabelecimento de uma nova parceria parece ser a mais provável.
Ainda de acordo com a Automotive News, a Proton enviou propostas de parceria a cerca de 20 grupos automobilísticos, lançando desde já a abertura para uma potencial parceria que favorecesse positivamente as intenções das duas partes. Segundo fontes ouvidas pelo site, que se mantêm em anonimato devido à natureza das conversações, algumas marcas parecem ter demonstrado interesse: o Grupo PSA, a Renault e a Suzuki.
As duas últimas não quiseram comentar o tema, no entanto, o Grupo PSA revelou que “está respondendo ao pedido de propostas iniciado pela Proton e pelo seu acionista”, evitando comentar qual seria o teor da proposta feito pelo grupo francês.