O NEBULOSO FUTURO DO MASERATI LEVANTE
Atualmente, apostar em um SUV parece garantia de êxito. Mesmo sendo uma marca sem tradição nesse segmento. Temos o claro exemplo da Porsche com o Cayenne. Com essa ideia chegou ao mercado não faz muito tempo o Maserati Levante, um luxuoso todo-terreno que deveria encarnar todo o espírito da marca do tridente em um novo formato que chamasse a atenção dos compradores. O primeiro conseguiu, mas o segundo não está conseguindo.
É provável que o SUV italiano tenha chegado um pouco tarde ao mercado, onde encontrou uma série de rivais de peso, como o mencionado Cayenne e inclusive o Bentley Bentayga. Seja como for, a realidade é que a Maserati será obrigada a reduzir a produção do Levante de forma significativa a partir de agora.
O mais preocupante nessa situação é que o Maserati Levante não mostra sintomas de melhora, muito pelo contrário. Segundo informações do Automotive News Europe, o pessoal que trabalha no SUV na planta de Mirafiori, em Turin, teve seus turnos reduzidos até julho. Lembrando que nessa fábrica também é produzido o Alfa Romeo MiTo.
Em relação aos trabalhadores da Maserati, para evitar demissões causadas por essa nova realidade, foram assinados novos contratos onde é estipulada uma quantidade menor de horas trade trabalho. Fala-se de um corte de 59% das horas, o que significa uma perda equivalente de até 2.080 empregos.
Por enquanto a FCA não quis declarar nada a respeito, alegando que em 2014, Sergio Marchionne garantiu os postos de trabalho das fábricas italianas do grupo até o final do presente ano de 2018. Portanto, resta aguardar que a FCA apresente seu próximo plano de estratégia de futuro até 2022, algo que acontecerá em junho, para saber em que posição ficará o Maserati Levante.