OPEL MANTA CELEBRA 50 ANOS, UM DOS MODELOS MAIS EMBLEMÁTICOS DA MARCA ALEMÃ
Este ano celebram-se os 50 anos do Opel Manta, uma denominação que envolveu um curioso encontro entre o designer chefe da Opel na época, George Gallion, e a equipe do pesquisador marinho francês, Jacques Cousteau. Assim conta um de seus protagonistas: “Havíamos escolhido o nome Manta”, destaca Gallion, que ainda acrescenta que “naquela época, os nomes dos animais coincidiam com os logotipos do Ford Mustang e do Corvette Stingray que tiveram muito sucesso nos Estados Unidos. Nosso Manta também era um ‘pony car’. Tivemos dez dias para projetar um logotipo, mas não pudemos encontrar nenhum modelo adequado para ele”.
Assim que Gallion viajou a Paris para contemplar em primeira mão imagens captadas pelo famoso Cousteau durante horas até que finalmente se fixou em uma imagem onde aparecia uma gigantesca manta filmada de baixo contra a superfície brilhante. Assim surgiu o emblema do modelo: O Opel Manta havia encontrado sua identidade e desde então conseguiu o icônico logotipo cromado unido à sua característica frente.
O esportivo Manta fez sua estreia em setembro de 1970 “Em lugar de fazer uma atualização de um modelo existente, o carro que apresentamos hoje é uma adição à nossa linha e satisfaz uma nova demanda do mercado”, dizia o comunicado de imprensa na época.
O Manta era novo e esportivo com um design muito pessoal baseado nos atraentes coupes que podiam acomodar até quatro ocupantes e que eram muito populares na época. De fato, a singularidade estava na moda, a forma e as linhas do Manta eram justamente o que o mercado estava buscando. No primeiro ano completo de vendas foram fabricadas 498.553 unidades. Outro modelo, o Ascona, compartilhava plataforma, suspensão e motores. A versão mais potente foi a que montava um motor de 4 cilindros com 1.9 litros, denominado S, e que entregava 90 cv, também utilizado pelo Opel Rekord.
A linha Manta começou em 1972 com o motor 1.2 de 60 cv, seguido em novembro desse mesmo ano pela exclusiva versão Berlinetta, que se destacava por seu equipamento. Incluía de série volante esportivo, vidro traseiro térmico, faróis halógenos, um curioso sistema anti-embaçamento do para-brisa e teto de vinil.
Estes cinco anos de produção foram enriquecidos com inúmeras versões apresentadas como edições especiais como foram Holiday, Plus, Swinger e Summer Bazar, que conseguiram bastante sucesso de vendas graças aos seus preços competitivos.
Por sua parte o Manta GT/E, propulsionado por um motor de 105 cv e 1.9 litros com injeção de combustível Bosch L Jetronic, surgiu em 1974. O último modelo especial chegou em 1975, pouco antes da estreia do Manta B. O Black Magic baseado no mencionado GT/E era todo preto com faixas laranjas em suas laterais.
Já em 1975, estreou a versão B. A marca alemã tinha então duas versões na linha: o Coupe e o Combi-Coupe CC de 1978 com carroceria tipo hatchback e uma grande tampa traseira. Sua popularidade foi duradoura e assegurou um papel especial nos mais de 120 anos de história da Opel. De fato, nenhum outro modelo se manteve sem mudanças no mercado mais tempo que o Manta B, apresentado em 1975, com 557.940 unidades fabricadas até 1988.
Assim como seus antecessores, o Manta B compartilhou plataforma, suspensão e powertrain com o Ascona. A linha de motores de 4 cilindros incluía 14 versões com cilindradas entre 1.2 e 2.4 litros durante todo o período de produção. As cifras de potência oscilavam entre 55 e 144 cv.
As novas versões e motores complementavam e ampliavam a linha, mantendo-a atualizada. Foram incluídas denominações como SR, Berlinetta, GT, GT/J e GT/E. Em 1979, os motores OHC (Over Head Cam) recentemente desenvolvidos, substituíram alguns dos mais antigos com eixos comando de válvulas laterais. O GT/E superior desenvolvia 110 cv com o motor maior de 2.0 litros e foi renomeado para GSi em 1984. Uma denominação muito famosa nos carros de maior desempenho e que a Opel utilizaria posteriormente em outros modelos.
O Manta B mais exclusivo e potente foi o 400, apresentado no Salão de Genebra em 1981. Recebeu seu nome das 400 unidades necessárias para sua homologação em competições de rallys do Grupo 4. Contava com um motor de 4 cilindros DOHC de 2.4 litros (duplo comando de válvulas) com tecnologia de quatro válvulas por cilindro e 144 cv. Com um Manta 400, Guy Colsoul e Alain Lopes ganharam na classe de tração de duas rodas no Rally Paris-Dakar 1984, terminando em quarto na geral atrás de três veículos de tração total.
As duas últimas versões do Manta B foram o modelo esportivo GSi e o GSi Exclusiv, produzido em pequenas séries pelo preparador alemão Irmscher.
No total, mais de um milhão de unidades do Opel Manta saíram das linhas de montagem em Rüsselsheim.