PEUGEOT 206 CC: O PRIMEIRO COUPE-CABRIOLET GENERALISTA

No início da década dos anos 2000, o mundo automobilístico foi afetado por uma nova tendência introduzida alguns anos antes pelo Mercedes-Benz SLK: os carros com carroceria coupe-cabriolet. Eram modelos com tetos rígidos dobráveis que, durante alguns anos, substituíram os tradicionais cabriolet com capota de tecido.
Entre os primeiros modelos que seguiram à distância o exemplo da Mercedes-Benz encontrava-se o Peugeot 206 CC que, como dizia o comunicado de imprensa de sua apresentação, era proposto como “o primeiro coupe-cabriolet destinado não apenas ao mercado dos carros de luxo”.
Para a Peugeot, no entanto, não era uma novidade. O 206 CC foi apresentado como protótipo no Salão de Genebra de 1998, sob a denominação 20Couer, com o qual a marca do leão evocava a um ilustre antepassado, o Peugeot 402 Eclipse de 1934, que também contava com um teto de uma só peça que se alojava debaixo da tampa traseira.
O 206 CC definitivo foi introduzido no mercado no ano de 2000 sem nenhuma alteração especial em relação ao protótipo. Era fabricado sobre a base do Peugeot 206 e tinha a mesma distância entre os eixos, bitolas, parte frontal e componentes mecânicos.
As diferenças estavam na grande seção traseira que abrigava o teto. Um elemento que requeria um espaço considerável, até o ponto em que os dois assentos traseiros eram muito sacrificados e na prática quase inutilizáveis, embora o carro fosse cerca de 15 centímetros mais longo que qualquer outro 206.
A abertura e o fechamento do teto metálico retrátil eram confiados a um sistema formado por dois braços que moviam dois painéis móveis e integrais (o teto superior e o vidro vigia traseiro) graças a dois macacos eletro-hidráulicos, enquanto que outro dispositivo abria a parte traseira para o exterior. O processo era automático, pressionando um botão, e levava cerca de 28 segundos.
Inicialmente o 206 CC esteve disponível com os motores a gasolina de 1.6 litros com 110 cv e 2.0 litros com 136 cv, embora no restyling de 2003 introduziu também um bloco turbodiesel, concretamente o 1.6 litros HDi com 109 cv.
Após mais de sete anos com boas vendas, e apesar de algumas deficiências (além do espaço limitado no habitáculo, a vedação imperfeita das juntas do teto apresentava alguns problemas de infiltração de água, pelo menos no início da produção) e de não ter sofrido modificações importantes, a vida comercial do 206 CC encerrou em março de 2007, alguns meses antes do lançamento do seu sucessor, o 207 CC.