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A oitava geração do Porsche 911 deve chegar em 2019, recebendo alterações no chassi e nos motores, onde deixam de existir versões sem turbo. Destaque para o imenso salto na potência dos 911 Turbo e para a introdução de um 911 híbrido, em 2020.

A Porsche continua desenvolvendo a geração 992 do seu icônico esportivo, o 911. Essa oitava geração do modelo começa a ser revelada, de acordo com os britânicos da Autocar, poucos dias após a apresentação do atual 911 GT3 RS, que poderá ser o último 911 de produção em série fabricado com motor aspirado. Isso porque, entre as muitas novidades que já circulam, uma das principais aponta para a utilização exclusiva de motores turbo, além da chegada de um 911 híbrido.

O responsável pelo desenvolvimento da oitava geração do Porsche 911, August Achleitner, já fez o seu primeiro comentário sobre o futuro 911-992, prometendo que “ele será o melhor já fabricado”. E apesar da esperada introdução de capacidades autônomas, através de assistências como a manutenção de faixa, Achleitner acalmou a legião de fãs do esportivo alemão. Para isso lembrou que “o 911 sempre terá um volante” e ainda que este “será um dos últimos modelos a ser conduzido autonomamente”. No entanto, sobre a eletrificação demonstra uma mudança de posição. “Há dois anos eu teria dito ‘de maneira nenhuma’. Hoje já não posso categoricamente excluir essa possibilidade”.

A plataforma MMB deve ser alterada para a oitava geração do 911, aumentando a utilização de aços de alta resistência e de alumínio para reduzir o peso. Ela deve também ficar um pouco mais comprida, o que poderá tornar maiores os arcos das rodas traseiras. Essa alteração terá impacto tanto no desempenho, com maior estabilidade em alta velocidade, como no conforto, já que aumentará o espaço para os passageiros dos lugares traseiros.

Em termos de design, sem que as icônicas formas do cinquentenário 911 sejam modificadas, existem algumas alterações, especialmente as que já referimos na traseira. Aqui surge também uma faixa contínua para toda a iluminação. A aerodinâmica terá igualmente impacto no estilo do modelo, esperando-se uma asa ativa totalmente retrátil na traseira e existindo ainda a possibilidade de ser incluído um spoiler ativo na dianteira, duas soluções para a oitava geração do Porsche 911 gerar mais downforce.

Para o interior já existem algumas pistas nas novas evoluções do Cayenne e do Panamera, especialmente na organização visual dos elementos. Isso significa um estilo com contornos similares ao Audi Virtual Cockpit, em uma sinergia entre marcas do Grupo VW, mas com a grande diferença de continuar existindo instrumentação analógica central com o conta-giros, que é ladeado pelas telas digitais.

A exclusão dos motores aspirados de toda a linha deve ser uma realidade na oitava geração do 911. Para os mais contidos Carrera deve existir um aumento de potência até 20 cv nas diversas versões, incluindo os Targa que devem ser mantidos na oferta. Mas a grande novidade é a introdução, em 2020, de um 911 híbrido, para cumprir as regras de emissões, que contará com uma combinação entre o motor boxer de seis cilindros e um propulsor elétrico. A potência ainda não é conhecida, mas espera-se uma reduzida autonomia sem emissões poluentes e ainda uma função ‘Boost’ para aumentar as performances.

Nos Turbo S deve ser introduzida uma evolução do atual bloco de 3.8 litros. Acolhendo novidades estreadas com o poderoso 911 GT2 RS, o modelo se tornará um rival direto do Ferrari F488 GTB (como o 911 de 700 cv será para o novo Ferrari F488 Pista), já que a potência subirá em 50 cv. Isso significa um total de 630 cv, um patamar de 30 cv acima do modelo italiano. Também o Porsche 911 Turbo se beneficia dessa alteração, com um upgrade para perto dos 600 cv. Isso deve permitir a esse modelo cumprir pela primeira vez a aceleração de 0 a 100 km/h em um tempo abaixo dos 3.0 segundos , enquanto no 911 Turbo S o atual registro de 2,9 segundos para o sprint de 0 a 100km/h também deverá ser melhorado.