PRÓXIMOS MODELOS DA LOTUS SERÃO MUITO DIFERENTES DOS ATUAIS

O CEO da Lotus, Jean-Marc Gales, revelou recentemente alguns poucos, mas interessantes detalhes do novo plano estratégico que a empresa está desenvolvendo para os próximos 10 anos e que será apresentado somente em 2018.
Depois de passar a ser controlada pela Geely, agora a Lotus finalmente vê o caminho aberto para poder desenvolver novos modelos. Lembrando que nos últimos anos a marca britânica de esportivos permaneceu em estado de hibernação, paralisando por completo qualquer esforço ou investimento que não estivesse destinado a espremer até a última gota de sua linha atual de produtos. Em uma clara tentativa de minimizar ao máximo os gastos.
A Geely não será somente um apoio financeiro, já que a Lotus poderá beneficiar-se da estrutura global da marca, como sua infraestrutura na China, além dos elementos e tecnologia das diversas marcas do grupo, entre as quais e em um lugar de destaque a Volvo Cars.
Segundo revelou Gales, o novo plano inclui uma linha muito diferenciada em relação à atual. Na verdade, os modelos que serão lançados nos próximos 3 anos serão muito diferentes dos atuais, limitados às linhas Elise, Exige e Evora, além do 3-Eleven, que não deixa de ser um derivado ‘track-only’ dos anteriores.
O primeiro desses modelos chegará em 2020 e se espera que seja o anunciado SUV, um modelo que já estava em desenvolvimento e que teoricamente já tinha recebido a luz verde dos antigos donos da Lotus. Esse projeto provavelmente sofrerá modificações importantes, pois de acordo com Gales, a empresa britânica tem carta branca para revisar, utilizar elementos mecânicos e inclusive plataformas das marcas da Geely que possam interessar para os novos projetos. Da mesma maneira, Gales afirmou que todos os novos modelos contemplarão versões eletrificadas.
“Um SUV está definitivamente sobre a mesa, que será mais baixo, largo e muito mais leve e mais manejável que os SUVs e crossovers existentes”, disse Jean-Marc Gales. Em relação à linha atual, Gales apontou que não pensam em eliminar os modelos atuais, embora indicasse que sua evolução irá mais além do que até agora havia sido contemplado, pois basicamente são os mesmos modelos, mas com múltiplas evoluções.
“Serão mantidos durante o tempo necessário, não queremos ser uma Caterham e fabricar o mesmo carro por 30 anos”, concluiu Gales.