QOROS PRECISA MELHORAR MUITO SUAS VENDAS PARA NÃO TER SEU FUTURO COMPROMETIDO
O fabricante de automóveis sino-israelense Qoros é uma das marcas asiáticas que tentou achar seu espaço no mercado europeu. Quando apresentaram o Qoros 3 - e suas diferentes versões - deixaram uma boa impressão e pelo design, tecnologia e qualidades estavam no mesmo nível das marcas generalistas europeias. No entanto, seu desembarque no mercado comum europeu não foi tão bom quanto o esperado, pois no ano em que estiveram presentes no continente só conseguiram vender 51 carros.
Em vista dessa situação, decidiram encerrar suas operações na Europa para centrar-se em seu mercado local, a China, pois de acordo com os responsáveis pela empresa, o potencial de crescimento da marca seria muito mais elevado.
Após a divulgação das vendas totais registradas na China durante o último ano de 2016, a Qoros não conseguiu vender mais de 2.000 unidades em cada um dos doze meses. Se multiplicarmos essa quantidade, as vendas anuais da marca na China foram entre 24 e 25 mil carros. Se compararmos essas vendas com os mais de 20 milhões de carros que foram vendidos no país, podemos concluir que sua participação no mercado é pífia em relação a outras marcas.
Se quebrarmos as 24.188 unidades vendidas pela Qoros na China podemos perceber que o modelo mais vendido é um SUV. O Qoros 5 (na imagem) conseguiu emplacar 10.878 unidades ficando na colocação número 279 do ranking de modelos mais vendidos no país. O segundo modelo mais vendido da empresa foi o Qoros 3 com 8.231 unidades e o posto 307 no ranking. Por último, o terceiro modelo mais vendido foi o Qoros 3 City SUV com 5.079 unidades e o posto número 348.
Evidentemente nem todos os números foram ruins e agora vem o outro lado da moeda. As ventas da empresa em relação ao ano de 2015 cresceram em nada depreciáveis 69,8% e se esse ritmo se mantiver, poderão alcançar um ponto de equilíbrio em pouco tempo. No entanto, a marca está jogando o seu futuro, uma vez que sua meta é produzir 150.000 veículos em um ano e se essa meta não for alcançada em dois ou três anos, poderão ver seu futuro comprometido.
Para solucionar essa situação, a marca está considerando atacar outros mercados. O primeiro pensado foi a América Latina, embora não descartem subir no continente para entrar nos Estados Unidos.