RENAULT 19: UM MODELO QUE SE TORNOU UM ÍCONE DENTRO DA MARCA FRANCESA

São muitos os automóveis que, ao longo da história, mostraram-se muito importantes para suas respectivas marcas e foram um sucesso a nível comercial. E às vezes, gostamos de lembrar aqui um pouco da história de alguns deles.
Hoje é a vez do Renault 19, apresentado no ano de 1988, que foi um dos maiores êxitos da história recente da marca francesa, do qual foram produzidos um total de 3.2 milhões de unidades na Europa, onde foi vendido até 1996, embora em outros mercados durasse até 2002 (e comenta-se que no total foram fabricados 6 milhões de carros).
Além disso, foi o último modelo da Renault que levou um número como denominação e foi produzido em diversas fábricas, como as de Douai e Maubeuge, na França; na de Palencia, na Espanha; em Setúbal, Portugal; e também na Argentina, Bélgica, Turquia e Colômbia, por exemplo.
Para o desenvolvimento e a produção do Renault 19, substituto dos Renault 9 e Renault 11, a marca francesa investiu o equivalente a cerca de 1 bilhão de euros. A origem do modelo remonta ao ano de 1983, quando a marca começou a trabalhar no projeto X-53, embora mais tarde houvessem muitos outros códigos (B53 para o 5 portas, C53 para o 3 portas, L53 para o Chamade e D53 para o conversível).
A Renault contrato o designer italiano Giorgetto Giugiaro para a confecção da carroceria, que criou um design elegante e sofisticado, com um leve formato de cunha e um coeficiente de resistência aerodinâmica bastante bom para a época, com um Cd de 0.31.
Parte do êxito deveu-se também ao fato de que a linha de motores oferecia opções potentes e econômicas, além de o carro oferecer atributos como um grande porta-malas e um banco traseiro que podia ser rebatido assimetricamente, algo pouco comum ainda. A capacidade máxima do porta-malas chegava a 1.310 litros.
O modelo estreou no mercado francês em meados de 1988, enquanto que a outros mercados chegou alguns meses depois. Um ano mais tarde, em meados de 1989, foi lançada a versão sedan ou Chamade, que foi muito bem recebida pelo mercado, já que oferecia também uma muito boa relação qualidade-preço.
Em 1991, a marca lançou uma versão conversível, o Renault 19 Cabriolet, e também o Renault 19 16V de 137 cv, um topo de linha que era capaz de alcançar os 212 km/h.
A partir do ano de 1992, chegou um restyling que ficou conhecido como Fase 2, que estreou mudanças estéticas (faróis e painel redesenhados) e incorporou soluções como injeção eletrônica de combustível em todos os seus motores.