RENAULT REVELA SEU PLANO ESTRATÉGICO PARA TORNAR OS CARROS ELÉTRICOS ACESSÍVEIS E POPULARES

O Grupo Renault está decidido a ser um ator de destaque e inclusive líder no processo de transição para a mobilidade elétrica que está sendo realizada pela indústria automobilística. Para alcançar este ambicioso objetivo, o conglomerado automobilístico apresentou o plano estratégico Renault eWays ElectroPop. Um roteiro onde estão incluídas uma série de fases que vão muito mais além do que o simples lançamento de novos carros elétricos.
A premissa está clara. Fazer carros elétricos acessíveis, populares e competitivos. O Grupo Renault é consciente da importância de poder ter acesso a baterias e motores que sejam mais acessíveis e cujo rendimento esteja acima da tecnologia que podemos encontrar atualmente no mercado. É por isso que irá um passo além para converter-se em uma referência em termos de projeto, desenvolvimento e produção de baterias para automóveis elétricos.
Com base em sua experiência de mais de uma década na cadeia de valor de veículos elétricos, o Grupo Renault colocará em marcha uma ambiciosa estratégia em termos de baterias. Um componente chave para este tipo de veículos de zero emissões. Com a química baseada no NMC (Níquel, Manganês e Cobalto), o Grupo cobrirá 100% dos futuros lançamentos de elétricos em todos os segmentos. Esta combinação química permite alcançar uma autonomia de até 20% a mais que outras opções disponíveis no mercado.
O Grupo Renault quer ser um dos principais fabricantes de baterias para carros elétricos. Para isso, estabeleceu uma série de alianças estratégicas em termos de produção. Foram materializadas colaborações com a Envision AESC para a produção de baterias mais acessíveis que possam ser utilizadas em futuros modelos da Renault, como o esperado Renault 5.
Também foi estabelecido um acordo com a Verker que vai associado a uma entrada do Grupo Renault no capital social obtendo 20% de participação. Os dois sócios têm a intenção de desenvolver conjuntamente baterias de alto rendimento para o segmento C e outras categorias superiores. Poderão ser utilizadas tanto em modelos da marca Renault como Alpine. Tudo isso a partir do ano de 2022.
Até o ano de 2025 o Grupo espera ter reduzido o custo por kWh das baterias até situá-lo abaixo dos 70 euros. Além disso, se trabalhará de maneira paralela no campo das baterias de estado sólido. Uma tecnologia que se posiciona como crucial para o futuro mais imediato.
O Grupo Renault seguirá adiante no desenvolvimento de seus próprios motores elétricos. O motor elétrico com tecnologia de motor síncrono excitado eletricamente (EESM) será aperfeiçoado nos próximos anos para torná-lo mais eficiente e, o que é igualmente relevante, reduzir os custos.
Também foi realizada uma aliança estratégica neste campo dos motores elétricos. O Grupo Renault firmou uma associação com a empresa francesa Whylot para o desenvolvimento de um inovador motor elétrico que será aplicado inicialmente em sistemas de propulsão híbridos de modelos do segmento B/C.
Outras tecnologias que estão sendo trabalhadas nos levam a focar no processo de carga. Reduzir o tamanho dos carregadores de bordo e ao mesmo tempo melhorar sua eficácia e rendimento é igualmente crucial. Os sistemas de 800 volts mais acessíveis e compactos estão na lacuna.
A escolha é clara. Em lugar de optar por arquiteturas multienergia, o Grupo Renault decidiu sustentar sua futura oferta de carros elétricos sobre duas plataformas dedicadas. Trata-se das plataformas CMF-EV e CMF-BEV.
A plataforma CMF-EV será utilizada em modelos do segmento C e D. Em 2025 será a base de 700.000 unidades da Aliança (Renault-Nissan-Mitsubishi). Oferece uma autonomia máxima de 580 quilômetros segundo o ciclo WLTP. O novo Renault Mégane E-Tech Electric, que será produzido na França, será baseado nessa plataforma.
Os automóveis elétricos do segmento B utilizarão a plataforma CMF-BEV. Uma arquitetura que será chave para alcançar a premissa dos carros elétricos acessíveis. Esta nova arquitetura permitirá reduzir o custo em 33% em relação à geração atual do Renault ZOE. Os novos modelos sustentados pela base CMF-BEV terão uma autonomia de até 400 quilômetros segundo o ciclo WLTP e serão propulsionados por um motor de 100 kW (136 cv).
Até o ano de 2025 o Grupo Renault introduzirá 10 novos carros elétricos. Sete deles exibirão o emblema da marca Renault. O Renault 5 será um deles, assim como o novo Renault Mégane E-Tech Electric, que será o primeiro desta particular ofensiva de produto. Além disso, foi confirmado o renascimento de outro ícone da marca francesa. Um modelo conhecido internamente como ‘4ever’.
Há apenas algumas semanas foi anunciado de maneira oficial a criação da chamada Renault ElectriCity. O Grupo Renault fará da França um país chave para a indústria automobilística europeia em termos de produção de carros elétricos, baterias e motores elétricos. Serão agrupados em três fábricas localizadas no norte do país. Mais concretamente em Douai, Maubeuge e Ruitz. Será criado um autêntico ecossistema. Um enorme centro industrial que girará em torno do veículo elétrico e permitirá a criação de 700 novos empregos. Para o ano de 2030 se espera que o Grupo Renault, junto a seus sócios, tenha criado aproximadamente 4.500 postos de trabalho no território francês.
Se forem cumpridos os objetivos estabelecidos, em 2025 o Grupo Renault terá a capacidade de produzir anualmente 400.000 veículos elétricos. Da mesma maneira foi confirmado que o custo de produção será reduzido em até 3%.
Por último, nem por isso menos importante, o Grupo Renault realça que é o primeiro fabricante de automóveis que atua sobretudo no ciclo de vida das baterias. Serão realizadas ações e projetos que permitam reciclar a maior parte dos componentes das baterias de carros elétricos.