ROLLS-ROYCE CELEBRA UM SÉCULO DE LUXO COM A EXCLUSIVA PHANTOM CENTENARY PRIVATE COLLECTION
Em um gesto que une tradição centenária à inovação artesanal, a Rolls-Royce Motor Cars, ícone britânico do luxo sobre rodas, revelou nesta semana o Phantom Centenary Private Collection, uma edição limitada que homenageia os 100 anos do lendário Phantom. Limitada a apenas 25 unidades exclusivas, destinadas a colecionadores visionários ao redor do mundo, a coleção representa o ápice do bespoke - o termo da casa para personalizações que transcendem o mero automóvel, transformando-o em uma obra de arte viva. Com um investimento superior a 40 mil horas de trabalho coletivo por parte de designers, engenheiros e artesãos, cada exemplar é uma declaração poética de perfeição, ecoando o espírito do Phantom I, lançado em 1925 como o protótipo que redefiniu o conceito de grand tourer.
O lançamento, anunciado em Goodwood, sede da marca em West Sussex, Inglaterra, chega em um momento propício para a Rolls-Royce, que continua a dominar o segmento de ultra luxo mesmo em tempos de transição para a mobilidade elétrica. “Por um século, o Phantom tem expressado o pináculo das capacidades da Rolls-Royce”, declarou Chris Brownridge, CEO da empresa, durante a apresentação. “Esta coleção não é apenas uma celebração; é um manifesto para os próximos 100 anos, onde a herança se funde à ambição sem limites”. Preços? Um segredo bem guardado da Private Office, mas fontes do setor estimam que cada unidade ultrapasse os 3 milhões de dólares, refletindo não só o preço, mas o valor inestimável de uma narrativa tecida à mão.
Exteriormente, o Phantom Centenary impressiona pela sutileza opulenta. A carroceria bicolor em preto e branco presta homenagem às estreias de cinema dos anos 1930, quando Phantoms deslumbravam em preto e branco antes da era das cores. Para um brilho etéreo, a Rolls-Royce infundiu partículas moídas de vidro de champanhe no verniz transparente, criando um efeito de cintilação que dança à luz do sol. No capô, o icônico Spirit of Ecstasy ganha nova vida: esculpido em ouro maciço de 18 quilates e banhado em 24 quilates, repousa sobre uma base de esmalte vítreo branco, gravada com a inscrição ‘Phantom Centenary’ e certificada pelo Hallmarking & Assay Office de Londres. As rodas de disco Phantom, por sua vez, exibem 25 linhas concêntricas cada - um total de 100 no veículo, um aceno sutil ao centenário. Sob o capô, um motor V12 twin-turbo de 6.75 litros de 563 cv mantém a tradição de silêncio assombrado, impulsionando o sedan de 5.76 metros de comprimento com a graça de um fantasma.
Mas é no interior que a coleção atinge o sublime, transformando o habitáculo em um museu rolante da história Phantom. Os assentos traseiros, desenvolvidos em parceria com um ateliê de alta costura parisiense, são tapetes tecidos à mão que narram episódios icônicos: desde os esboços de Henry Royce na Riviera Francesa até a jornada épica de um Phantom pelo continente australiano em 2003, passando por retratos abstratos de proprietários lendários como Sir Malcolm Campbell e seu ‘Bluebird’. São mais de 45 painéis individuais, alinhados com precisão de alfaiataria Savile Row, combinando impressão de alta resolução, bordados dourados e relevos florais - incluindo abelhas, em referência à apiário da Rolls-Royce. O forro de teto, uma constelação de 1.603 estrelas bordadas em tons selecionados para o jogo de luzes internas, esconde ovos de Páscoa como um pássaro representando o Bluebird de Campbell.
As portas laterais, forradas em Blackwood manchado, mapeiam paisagens pessoais de Royce: a costa de Le Rayol-Canadel-sur-Mer, na França, e as praias de West Wittering, na Inglaterra. No console central, a Anthology Gallery evolui para um livro vivo de 50 páginas (lidas dos dois lados, totalizando 100), com iluminação ondulante que simula o virar de folhas, revelando 77 motivos esboçados à mão que capturam a essência de oito gerações do Phantom. “É o trabalho coletivo mais intricado e tecnologicamente ambicioso que já realizamos”, afirma Phil Fabre de la Grange, chefe do Bespoke da Rolls-Royce. “Cada superfície lê-se como um livro, repleto de referências simbólicas para os clientes decifrarem ao longo dos anos.
“Para os 25 felizes destinatários - selecionados pela Private Office da marca -, a entrega será personalizada, com capas de motor em branco ártico bordado em ouro e monogramas sutis. Em um mundo onde o luxo se democratiza, o Phantom Centenary reafirma o ethos da Rolls-Royce: menos é mais, mas o ‘mais’ deve ser extraordinário. Aos 100 anos, o Phantom não envelhece; ele simplesmente se eterniza.