SKODA TUDOR: DESENVOLVIDO SOBRE A PRIMEIRA GERAÇÃO DO SUPERB, EXIBIA UMA ATRAENTE IMAGEM COUPE

O Skoda Tudor foi apresentado no Salão de Genebra de 2002. Utilizava como base a primeira geração do Skoda Superb, equipava um motor a gasolina 2.8 V6 com 193 cv, uma transmissão manual de 5 velocidades e um sistema de tração dianteira. Oficialmente, acelerava de 0 a 100 km/h em 7.9 segundos e alcançava uma velocidade máxima de 237 km/h.
No início da década de 2000, a Skoda já havia se emancipado da dinâmica de fabricação do antigo Bloco do Leste. Depois de revelar as novas gerações dos Octavia e Fabia em 2001, os responsáveis da marca se concentraram na criação do primeiro Superb, utilizando como base o Volkswagen Passat da época. Demorou apenas um ano para que surgisse o novo Skoda Tudor mostrado ao mundo no evento suíço.
Zdenek Cibulka, responsável de Design da Skoda na época, comentou: “No ano de 2000, Wilfried Bockelmann, Chefe de Desenvolvimento da marca, estabeleceu um novo desafio: projetar veículos adicionais, sem esquecer-se do trio fundamental de produção da marca: Fabia, Octavia e Superb. Desta forma, surgiram várias propostas, como um Octavia conversível e um derivado do Superb. Desde o princípio, estava claro que nunca seriam veículos de produção, mas se tratava de demonstrar nossa experiência e capacidade para enfrentar tarefas mais exigentes. Em resumo, para demonstrar do que eram capazes os designers em Mladá Boleslav”.
A equipe de design superou todas as expectativas. Sob a direção de Cibulka, foi criado um elegante coupe, chamado Tudor, que impressionou totalmente a Wilfried Bockelmann.
Originalmente criado em uma escala de 1:4, este veículo cresceu em tamanho graças a um computador e foram desenvolvidas as peças necessárias de plástico em um tamanho maior. Em apenas um mês de trabalho, o modelo definitivo estava acabado.
Além da carroceria coupe e o teto ligeiramente inclinado na parte traseira, duas linhas de cintura muito marcadas dominavam a vista lateral: a que começa nos faróis e termina na parte inferior dos vidros laterais e a que conduz desde as maçanetas das portas até a traseira.
“Os primeiros desenhos pareciam muito diferentes, porque na realidade projetamos um automóvel de exibição, com uma parte frontal e uma traseira completamente novas, que se diferenciavam claramente dos veículos de produção dessa época”, afirma Zdenek Cibulka.
“Logo obtivemos a autorização para desenvolver uma maquete, mas tivemos que nos adaptar ao estilo de um veículo de produção, neste caso, o Superb”. Os designers optaram pela parte dianteira do Superb e uma traseira, sem grandes mudanças, exceto as lanternas.
As lanternas traseiras eram uma solução ousada. “Até esse momento, as lanternas eram um elemento menor, às quais se acrescentava as lâmpadas necessárias e pouco mais. O papel do designer se limitava a propor a possível forma exterior da mesma”, lembra Zdenek Cibulka.
No entanto, no Tudor, o pisca e a luz de ré não estavam dispostas lado a lado, como era típico na época. Ao contrário, a luz do pisca estava oculta atrás da lente de ré. Desta forma, a luz laranja aparecia em uma superfície reflexiva, que intensificava a visibilidade da mesma. Assim nasceu a distintiva iluminação em forma de ‘C’ da marca.
O interior do Tudor era confeccionado com materiais de alta qualidade na cor preto Ônix, combinando com elementos de tom marfim. Entre outros componentes, eram utilizados um volante de desenho esportivo de três braços, junto com duas telas digitais: uma debaixo das saídas de ar centrais para o sistema de navegação, e outra, mais abaixo ainda, para manejar o sistema de climatização.
Uma faixa horizontal de alumínio fosco dava ao interior um toque esportivo. A configuração mecânica tinha uma clara conotação esportiva, graças a um potente motor V6 a gasolina com 193 cv, como mencionado no início.
Além disso, a carroceria, pintada inicialmente em uma combinação de cinza e marrom, foi substituída pelo tom bordô que aparece nas imagens, antes de sua estreia mundial em Genebra. No evento suíço, o Tudor ganhou a admiração dos visitantes e depois foi apresentado ao público checo, sendo exibido no Museu Skoda, em Mladá Boleslav.
Curiosamente, o Tudor viajou a uma exposição na Índia, onde foi roubado depois da conclusão do evento. Após alguns meses de exaustiva busca por parte das autoridades locais, o veículo foi encontrado em uma estação de trem e devolvido à Skoda. Uma vez na República Checa, o veículo passou por uma reforma completa.