STELLANTIS E SUA ESTRATÉGIA PARA A MARCA CHRYSLER

O quarto maior fabricante de veículos a nível global já está em marcha. A Stellantis, o novo gigante da indústria automobilística, fruto da fusão do Groupe PSA e FIAT Chrysler Automobiles, já está operando. Ao longo dos últimos meses temos analisado de maneira exaustiva e detalhada quais serão os principais desafios que a Stellantis deverá enfrentar agora que FCA e PSA são história.
Na América do Norte encontram-se vários destes problemas que devem ser resolvidos. A Chrysler é uma das marcas de carros que está no foco. Dizer que esta icônica marca se encontra em um momento realmente delicado e perigoso, não é nenhuma surpresa. Sua escassa linha de produtos, unido à perda de participação de mercado, tornou-se um coquetel explosivo.
David Kelleher, Presidente do Conselho Nacional de Concessionários da Stellantis, diz que a fusão de ambos os fabricantes determinará o futuro mais imediato da Chrysler, chegando a garantir a viabilidade da empresa norte-americana. Agora, os problemas que a Chrysler arrasta são cada vez mais profundos. Tudo começa pela escassa e envelhecida oferta de produto.
A linha da Chrysler nos Estados Unidos é composta hoje por três modelos, o Chrysler 300 e dois monovolumes, o Chrysler Pacifica e o Chrysler Voyager. Kelleher assegura que uma das possibilidades que a Stellantis tem para fortalecer a Chrysler é recorrer à tecnologia da PSA. Uma tecnologia utilizada para a incorporação de novos modelos sem ter que enfrentar o enorme custo de iniciar um projeto a partir do zero.
O uso de plataformas e mecânicas de origem PSA é uma opção muito interessante para melhorar a oferta da Chrysler em um curto espaço de tempo. “Tudo isso começou com a Chrysler. Não quero me empolgar com uma marca, esse não é o caso. Mas não quero ver uma marca como essa deixada à margem e simplesmente jogada no pasto”, disse Kelleher em declarações para a mídia especializada dos Estados Unidos.
Os concessionários das marcas americanas que formam a Stellantis estão à espera de receber ordens por parte da cúpula do grupo. Kelleher assegura que estão prestando muita atenção nos movimentos realizados pela General Motors, especialmente no campo da eletrificação.