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Em 2007, o Toyota Prius já estava há três anos no mercado e a marca japonesa começava a relacionar-se com a tecnologia híbrida. Mas o Prius não deixava de ser um veículo prático, especialmente para a cidade, mas sem nenhuma emoção. Naquele ano, a Toyota apresentou uma proposta esportiva e híbrida, que unia emoção e ecologia. Este foi o Toyota FT-HS Concept.

Naquela época, Kevin Hunter, vice-presidente da Calty Design Research, dizia que os condutores não só queriam carros rápidos, mas também estavam preocupados com a segurança, a ecologia e a responsabilidade social. O Toyota FT-HS era um protótipo que pretendia reunir esses três fatores, ao mesmo tempo que proporcionava sensações de condução muito esportivas.

Apresentado no Salão de Detroit 2007, o Toyota FT-HS Concept foi desenvolvido conjuntamente por Calty, o centro de pesquisa da Toyota, localizado em Newport Beach, Califórnia, e o grupo de estratégia de produtos avançados da marca, também situado na Califórnia.

A equipe de projeto recebeu a tarefa de criar um carro esportivo, com um preço médio e que fosse capaz de combinar ecologia com emoção. O resultado foi um veículo divertido de conduzir, com emissões muito baixas para os padrões da época, com um design realmente esportivo e construído com materiais leves e muito aerodinâmicos.

Era impulsionado por um sistema híbrido apoiado em um motor a gasolina V6 de 3.5 litros, que produzia 400 cv e lhe permitia acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos.

O protótipo híbrido da Toyota seguia uma estratégia de design que combinava dois fatores chave: o conceito J-Factor e o Vibrant Clarity. O primeiro se referia à aceitação local e global do design de inspiração japonesa e às sensibilidades culturais. O segundo, por sua vez, projetava a linguagem de design utilizada para expressar o J-Factor.

Alex Shen, designer da Calty, ficou encarregado do design exterior, que se caracterizou por superfícies tensas e, ao mesmo tempo, elegantes, especialmente nas portas. Todo o conjunto parece uma única peça esculpida de maneira artesanal. A frente e a traseira estão trabalhadas para tirar massa em torno dos componentes funcionais chave.

Um exemplo do trabalho dos designers se encontrava no teto com formato de cúpula dupla, criando uma seção oca para reduzir a resistência aerodinâmica e proporcionar espaço para a cabeça dos passageiros. Era fabricado em Kevlar e podia ser retraído, sendo ocultado junto com o vidro vigia no espaço dos bancos traseiros. Desta forma, se convertia quase em um conversível.

Um dos aspectos mais destacados do design do FT-HS Concept era a iluminação de inspiração aeroespacial. Na traseira, exibia grupos ópticos LED unidos pelo centro, um recurso muito utilizado atualmente, e incluía um aerofólio retrátil integrado.

O design do interior ficou a cargo de William Chergosky, da Calty. A partir de qualquer ângulo que se olhasse, o habitáculo emanava elegância e tecnologia. Todo o interior era orientado ao condutor, com um posto de condução envolvente em forma de asa delta.

Atrás do volante telescópico, com aletas de câmbio semiautomáticas, havia um painel de instrumentos vertical, enquanto que, em ambos os lados, o condutor podia manejar outros dois painéis tácteis integrados com diferentes funções do veículo.

O interior era fabricado com materiais de alta qualidade, como titânio e fibra de carbono. Graças à sua configuração 2 2, podia acomodar até quatro passageiros, mas quando dispensava o teto, se convertia em um modelo de dois lugares.

O Toyota FT-HS redefinia a experiência de um carro esportivo, não só com estilo, mas também oferecendo um desempenho mais sustentável. Foi, nas palavras de Hunter, “a resposta da Toyota à pergunta: qual é o esportivo adequado para o século XXI?”.