UM EMPRESÁRIO ITALIANO QUER RESSUSCITAR O CIZETA V16T

No final de 1988 foi apresentado um carro que, à primeira vista, tinha muito em comum com o Lamborghini Diablo. Tratava-se do Cizeta V16T, um espetacular superesportivo que na verdade tinha sim uma certa relação com o Diablo italiano, não em vão, já que utilizou uma das propostas rejeitadas quando teve início o desenvolvimento do carro. Ou seja, foi projetado por Marcello Gandini. Além disso, a empresa foi criada por Claudio Zampolli, ex-engenheiro e piloto de testes da Lamborghini.
Foram fabricados apenas 10 exemplares deste carro, embora também não seja um número realmente exato porque não há registros. Eram carros equipados com um motor nada convencional, um V16 de 6.0 litros capaz de entregar 540 cv (na realidade eram dois V8 de 3.0 litros unidos) acoplado a uma transmissão manual de 5 velocidades. Era uma ode ao excesso que não teve êxito, embora agora seja um carro de coleção e inclusive há um empresário italiano que quer voltar a revivê-lo.
O empresário italiano, sediado em Frankfurt, chama-se Antonio Mandelli, um importador de carros de luxo italianos para a Alemanha. Sua intenção é criar uma segunda geração do Cizeta V16T, para a qual inclusive pediu o apoio de Gandini. Disso é possível tirar algumas conclusões, como que Gandini não está presente no regresso do V16T e que Madelli quer respeitar ao máximo a essência do carro, sobretudo levando em conta a opinião do próprio Gandini sobre o novo Countach.
Não sabemos como será a nova interpretação do Cizeta, não há imagens. Temos apenas um esboço onde se apreciam algumas coisas. Por exemplo, desaparecem os faróis retráteis (por norma) e algumas formas são suavizadas, como a frente, que não é tão quadrada ou como o teto, que forma uma curva muito mais suave e de um só traço. Basicamente, é o mesmo carro, mas ligeiramente modernizado e atualizado, para que não se pareça tão dos anos 80.
Por outro lado, Mandelli tem a intenção de usar o mesmo motor, o V16 original, mas revisado e atualizado. Na época, como já comentamos antes, entregava 540 cv, mas hoje em dia, com a tecnologia disponível, com os avanços em sobrealimentação e com os combustíveis atuais, esse motor convenientemente revisado poderá superar os 1.000 cv. O caso é, como sempre, não colocar em risco a confiabilidade.
A próxima geração do Cizeta, no caso de chegar a converter-se em realidade (segundo a revista australiana Carsales, já há protótipos rodando…), contará com um chassi totalmente novo, um monocasco de carbono em lugar de um tubular de aço.