UM TOYOTA SUPRA AUTÔNOMO CAPAZ DE FAZER DRIFT
Quando se pensa em condução autônoma o mais lógico é pensar na ‘anti-condução’, pois uma vez ela esteja totalmente desenvolvida, o condutor se esquecerá de como se dirige e deixará que o carro faça isso sozinho. No entanto, ainda falta algum tempo para que chegue este momento e, por enquanto, as marcas utilizam estes avanços para auxiliar o condutor. A Toyota vai um passo além e conseguiu usar uma das disciplinas preferidas pelos japoneses para avançar neste campo: seu Toyota Supra autônomo é capaz de fazer drift.
A proposta pode parecer peculiar, mas tem sentido. Embora a derrapagem seja vista como algo para divertir-se ao volante, a verdade é que implica em uma habilidade considerável ao volante, que pode ser muito útil na hora de evitar obstáculos e perigos.
Logicamente, nem todos têm esse nível de pilotagem, motivo pelo qual o pessoal da Toyota Research Institute considera que é possível aplicá-lo utilizando a tecnologia para assistir os condutores normais quando se vejam em perigo por perdas de tração que derivem de um piso excessivamente molhado, neve ou gelo.
Avinash Balachandran, gerente sênior do Human Centric Driving Research do Toyota Research Institute, explica: “No TRI nosso objetivo é utilizar tecnologias avançadas que aumentem e amplifiquem os humanos, não que os substituam. Através deste projeto, estamos expandindo a região onde se pode controlar um automóvel, com o objetivo de oferecer aos condutores habituais os reflexos instintivos de um piloto de corridas profissional para poder controlar as emergências mais desafiantes e manter as pessoas mais seguras na carretera”.
Por sua parte, Jonathan Goh, cientista pesquisador do TRI, expõe que “quando se enfrentam estradas molhadas ou escorregadias, os condutores profissionais podem optar por ‘derrapar’ o automóvel em uma curva, mas a maioria de nós não. É por isso que o TRI está programando veículos que podem identificar obstáculos e contorná-los de forma autônoma em uma pista fechada”.