VOLKSWAGEN CONFIRMA QUE NÃO DESENVOLVERÁ NOVOS MOTORES A COMBUSTÃO

A grande aposta dos fabricantes de automóveis na eletrificação é cada vez mais evidente, e são muitos os que já confirmaram que deixarão de fabricar modelos convencionais com motores a combustão nos próximos anos, como é o caso da Volkswagen.
O próprio CEO da empresa, Ralf Brandstätter, afirmou ao jornal alemão Automobilwoche que a marca não tem planos de desenvolver novos motores a combustão interna, mas isso não significa o fim imediato deste tipo de motorizações.
O gigante alemão se soma assim à Audi, depois que o CEO de Ingolstadt, Markus Duesmann, comunicou um plano similar há alguns dias, assegurando que descartavam o desenvolvimento de novos motores térmicos.
A Volkswagen continuará melhorando e evoluindo seus propulsores atuais, que terão que cumprir com a futura norma de emissões Euro 7, mas o grosso dos esforços em Wolfsburg se concentrará na mudança para a produção de veículos 100% elétricos.
Branstätter assegurou também à publicação alemã que a marca utilizará os lucros obtidos das vendas de seus veículos convencionais, com motores a combustão, para financiar essa transição para os modelos de zero emissões.
Há algumas semanas a Volkswagen revelou também seus ambiciosos objetivos de vendas de elétricos para 2030, data em que cerca de 70% das vendas da marca na Europa já deverão ser de carros elétricos, da mesma forma que deverão ser também cerca de 50% dos modelos vendidos na China e nos Estados Unidos.
A pesar disso, a Volkswagen manterá ainda em sua oferta modelos com motores a combustão, como o Golf, o Passat, o Tiguan e o T-Roc, que terão pelo menos uma geração a mais, embora seja mais que provável que prescindam dos motores diesel e ofereçam em seu lugar versões híbridas plug-in.
Em qualquer caso, a Volkswagen não é o único fabricante que já tornou pública sua intenção de tirar do catálogo completamente os motores térmicos no futuro. A Volvo deixará de produzi-los em 2030, enquanto que a Ford, por exemplo, só venderá elétricos na Europa a partir deste mesmo ano.