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- O projeto Drive Me vai permitir a 100 clientes da Volvo circularem num XC90 com capacidade de condução autônoma

A Volvo anunciou nesta semana, o lançamento de um projeto-piloto que visa integrar veículos com capacidade de condução autônoma no tráfego real em Gotemburgo, na Suécia, já em 2017.

Em uma conferência de imprensa transmitida através da internet, Peter Mertens, vice-presidente sênior para Pesquisa e Desenvolvimento da Volvo Cars, Erik Coelingh, especialista técnico em Segurança Ativa da marca e Marcus Rothoff, diretor do projeto, apresentaram o Drive Me, projeto-piloto que vai colocar em circulação 100 veículos capazes de circular autonomamente em ruas selecionadas de Gotemburgo, em 2017.

Segundo os responsáveis do fabricante sueco, o modelo escolhido para este importante passo na área da condução autônoma foi o XC90, estando prevista a entrega de 100 unidades do modelo devidamente preparadas a clientes da Volvo selecionados, tendo em conta a diversidade de características entre si - como a idade ou a experiência como condutor -, os quais terão a oportunidade de testarem em condições reais esta nova evolução do sector automobilístico.

Os condutores terão assim a possibilidade de escolherem entre conduzirem ou serem conduzidos pelo seu próprio carro, podendo em algumas situações extremas ou excepcionais (devido a condições meteorológicas ou problemas técnicos), o modo de condução autônoma não estar disponível.

De forma a poder circular de forma totalmente autônoma, controlando tudo o que se passa numa escala de 360 graus - como a localização, o tipo e a distância dos obstáculos ou as condições da via -, o Volvo XC90 com capacidade de condução autônoma contará com um conjunto de sensores que inclui câmeras, lasers e radares, assim como mapas 3D e o computador de bordo, que será capaz de comparar em tempo real as informações do terreno captadas pelos sensores com o mapeamento digital transmitido pelos servidores da Volvo, com recurso a uma “cloud” ligada às autoridades de trânsito, estando todos os veículos do projeto ligados ao sistema através de redes móveis.

Conforme destacaram por várias vezes os responsáveis da Volvo, a palavra-chave deste projeto pioneiro é a segurança, até porque um dos objetivos da marca passa precisamente por reduzir ao mínimo possível o número de mortos e feridos graves em acidentes de trânsito, trabalhando para que este valor seja nulo em 2020. Neste sentido, as 100 unidades autônomas do XC90 vão integrar alguns sistemas redundantes, para que não exista falhas, podendo alguns elementos compensar outros que sejam momentaneamente afetados. Caso o sistema principal falhe, um sistema secundário terá capacidade de imobilizar o veículo em segurança.

Pelo lado da Volvo, os dados recolhidos através deste projeto serão fundamentais para comprovar a confiabilidade da tecnologia, sendo uma vantagem comparativamente a informações recolhidas em testes efetuados em condições controladas, e contribuirão diretamente para o aperfeiçoamento da mesma tendo em vista a produção em série de carros autônomos. Segundo a Volvo, a tecnologia poderá contribuir no futuro para a redução de consumo de combustível e emissões de CO2, assim como para melhorar a circulação do trânsito, pelo que consequentemente, trará benefícios para o ambiente e à sociedade.

Outra das questões abordadas é a relação com a legislação deste tipo de veículos, tendo os responsáveis da Volvo informado que estão trabalhando junto com as respectivas autoridades para criar uma legislação adequada aos veículos autônomos, os quais estarão tecnologicamente capacitados para registrar os acontecimentos, de forma que seja possível identificar facilmente as causas dos acidentes e atribuir responsabilidades em possíveis acidentes.