1965 - OPEL EXPERIMENTAL GT

Em 1962, Clare M. MacKichan, chefe de Design da Chevrolet, visitou Rüsselsheim, na Alemanha, com a intenção de formar uma equipe cuja missão seria a de criar a linguagem de design dos próximos veículos que a Opel comercializaria.
MacKichan trabalhou na sala de design do antigo e estreito edifício E36. O norte-americano, diante da apatia de sua equipe e as obsoletas ferramentas utilizadas pelo grupo, decidiu construir um novo centro de design auto-suficiente que fizesse sombra aos dos reconhecidos Pietro Frua, Giuseppe ‘Nuccio’ Bertone e Battista ‘Pinin’ Farina. Foi assim que nasceu a idéia do Centro de Design da Opel em Rüsselsheim.
A General Motors, dona da Opel, queria reproduzir o seu centro de Warren, Michigan, na localidade alemã, perto do berço do automóvel no velho continente, Frankfurt. E foi feito à imagem e semelhança do americano, só que em uma escala menor. Em 1964 foi inaugurado o edifício que se transformou em um marco na história européia do automóvel, um edifício que foi a maior propriedade de um fabricante de automóveis na Europa. Como na atualidade, tudo o que ali se fazia era um mistério. “É mais fácil entrar em Fort Knox que no N10”, disse um informante privilegiado da época. Além das novas linhas de design, as mentes mais visionárias desenvolviam as formas e os avanços que equipariam os veículos do futuro.
Assim nasceu o Opel Experimental GT, um ‘concept car’ que em princípio foi criado para testar componentes de motor e de chassi na pista de testes de alta velocidade que a Opel tem em Dudenhofen e sem que tivessem consciência disso, aquilo marcaria ‘um antes e um depois’ dele. Primeiro, por seu design agressivo, inspirado no Mako Shark II, protótipo projetado por Larry Shinoda e que serviu como base para o Chevrolet Corvette C3. Segundo, por seu estudo aerodinâmico que introduziu faróis retráteis para reduzir a resistência. “Além de ter um aspecto fantástico, o modelo esportivo da Opel foi projetado principalmente para impressionar por sua sofisticada aerodinâmica”, dizia Erhard Schnell, projetista do Experimental GT.
E terceiro, foi o primeiro protótipo europeu que posteriormente passou à produção. E seguiu para a produção porque em sua apresentação no Salão de Frankfurt de 1965, deixou boquiabertos todos os jornalistas e especialistas da indústria automobilística que se golpeavam para ver a novidade.
O Opel Experimental GT, que apesar de sua inspiração norte-americana, era equipado com o motor 1.9 do Rekord e não com os V8 do Chevrolet Corvette e do Pontiac Banshee, passou à produção em 1968 como Opel GT. Tanto o estudo de design como o veículo que se comercializou, seguem servindo como fonte de inspiração para os designers de hoje em dia. Basta olhar o último trabalho da marca de Rüsselsheim, o Opel GT Concept.