
Stanley Arnolt era um rico industrial e homem de negócios americano, um tanto excêntrico, que fez sua fortuna fabricando motores marítimos durante a Segunda Guerra Mundial.
No início dos anos 50, e levado pelo seu entusiasmo pelos carros esportivos europeus, viu a possibilidade de explorar esse mercado nos Estados Unidos.
Através de um distribuidor da marca britânica MG, Arnolt chegou a um acordo com o encarroçador italiano Bertone para a construção de algumas carrocerias especiais, que seriam montadas sobre o chassi do MG TC. Fruto dessa trilogia (Arnolt-MG-Bertone), em 1952 Arnolt começou a produção e comercialização do denominado “Arnolt MG” do qual se chegaram a fabricar aproximadamente umas 100 unidades em versões Coupe e Cabriolet.
Em meados dos anos 50, a MG deixou de produzir o modelo TC e Arnolt ficou sem chassis para seus carros com carroceria Bertone. Arnolt começou então a buscar um novo fabricante chegando finalmente a um acordo com a Bristol para utilizar uma versão atualizada e melhorada de dos seus chassis tipo 400, aos quais denominou 404 (também utilizados para o BMW Bristol). Arnolt também solicitou à Bertone uma nova carroceria esportiva para o novo chassi, e o resultado foi a entrada em produção em 1954 do “Arnolt Bristol”.
O “Arnolt Bristol” chegou a ser comercializado em diferentes versões. A versão de competição denominada "Bolide", não tinha teto, os assentos não eram ajustáveis, e os limpadores de para-brisas eram opcionais. A versão "De luxe" não era tão espartana, tinha todas essas características e um desenho diferente do painel com os instrumentos diante do condutor e bem a vista. Também existiu uma versão “GT Coupe” da qual somente foram fabricadas seis unidades.
No final dos anos 50 e princípios dos 60, os “Arnolt Bristol” participaram em diversas competições com um sucesso considerável, incluídos um 1ª, 2ª e 4ª postos em sua classe nas 12 horas de Sebring.
Do “Arnolt Bristol” chegaram a ser produzidas 142 unidades no total, 12 das quais desapareceram em um incêndio em Chicago. Na atualidade se calculam que sobrevivem aproximadamente umas 75 unidades.
A Arnolt deixou de produzir automóveis em 1964.