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Em um futuro não muito distante, o projeto Faraday Future será objeto de estudo em algumas faculdades de Economia. Nunca houve uma iniciativa ou projeto com uma história similar a esta no último século de indústria automobilística.

Em um momento em que todos só esperavam a confirmação do encerramento da empresa, dada a extrema gravidade de seus problemas financeiros, a FF confirmou que conseguiu se salvar da bancarrota no último minuto graças ao surgimento de um investidor multimilionário disposto a aportar os fundos necessários para que o projeto siga adiante.

Desta vez trata-se do The9, o conhecido criador e operador chinês de videojogos online, que decidiu criar uma joint-venture na China com a Faraday Future para fabricar um novo modelo elétrico.

Segundo o anúncio inicial, a The9 aportará nada menos que 600 milhões de dólares na Faraday Future, que oferecerá sua tecnologia e sua licença de fabricante na China. Como resultado dessa união surgirá uma nova joint-venture com sede na China que pretende fabricar nesse mercado um novo modelo do qual por enquanto a única coisa que sabemos é que receberá a denominação FF V9.

Os detalhes por enquanto são muito escassos, mas teoricamente o novo FF V9 será um crossover elétrico que será baseado no desenvolvimento do FF 91 e do qual esperam fabricar nesse mercado cerca de 300.000 exemplares anuais. O terreno para essa nova fábrica - que ainda será construída - se encontra na província de Zhejiang e será uma das contribuições da Faraday Future a essa nova sociedade.

Como é habitual nesses casos, os detalhes são mínimos, mas as datas anunciadas muito ambiciosas, pois segundo o mesmo anúncio, a produção desse novo modelo começará já em 2020, apesar da fábrica ainda não ter sido levantada. Por enquanto não há data de apresentação do futuro modelo. 

Conhecendo o histórico da Faraday Future, provavelmente o novo modelo será um derivado direto da plataforma e a tecnologia desenvolvida para o FF 91 (o único modelo verdadeiramente apresentado pela Faraday Future), mas em menor escala e com uma abordagem mais barata.

Da mesma maneira, a empresa gastou no ano passado mais de 800 milhões de dólares nos Estados Unidos, de modo que duvidamos de que sejam capazes de levantar um novo projeto a partir do zero na China e comecem a produzir um novo modelo em menos de um ano com o orçamento que têm atualmente.

Por enquanto a marca não revelou qual será o destino do FF 91 e da infraestrutura que possuem nos Estados Unidos, mas suspeitamos que continuaremos assistindo a chegada de notícias desse bizarro projeto.