LOTUS: DE 576 VEÍCULOS VENDIDOS EM 2022 PARA 17.000 APENAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO

A Lotus, marca britânica de carros esportivos, fundada por Colin Chapman e que já conta com 75 anos de história, é conhecida por muitas coisas, mas não precisamente por vendas anuais elevadas. Pelo menos até agora.
No primeiro semestre do ano, a marca hoje controlada pela Geely (o gigante chinês que controla também a Volvo), viu crescer sua carteira de pedidos para aproximadamente 17.000 veículos em todo o mundo, rompendo todos os recordes de vendas anteriores e superando com grande facilidade as paupérrimas 576 unidades comercializadas em todo o ano passado.
O maior contribuinte para esta melhoria é o SUV elétrico Eletre, que foi lançado no primeiro semestre de 2022 e chegou às mãos dos clientes chineses no final de março deste ano. As entregas na Europa começarão neste segundo semestre.
Fabricado na fábrica da Geely em Wuhan, na China, o Eletre monta uma bateria de 112 kWh que alimenta dois motores elétricos, cuja potência combinada é de 612 cv, embora haja outra versão, a R, com nada menos que 918 cv. Esta última versão declara 2.9 segundos na aceleração de 0 a 100 km/h.
Os preços do crossover na Europa começam em 95.990 euros na Alemanha, enquanto o Eletre R chega nos 150.990 euros. Como curiosidade, este modelo é um dos SUVs mais aerodinâmicos do mercado, com um coeficiente Cx de apenas 0.26.
Nos bons dados comerciais da Lotus também é preciso incluir o Emira, o último veículo a combustão da marca, do qual foram produzidos mais de 2.200 exemplares no Reino Unido durante os seis primeiros meses do ano.
Historicamente, foram raros os anos em que a Lotus conseguiu comercializar mais de 1.500 exemplares. Em 2020 vendeu 1.378 veículos e em 2021 experimentou um aumento de 24%, com 1.710, o melhor ano em uma década. Agora, esse recorde é coisa do passado e já ficou relegado a um segundo plano pelas cifras de 2023.
Voltando ao SUV de zero emissões, pode ser que não seja o veículo escolhido pelos puristas, mas o fato é que estes carros são os mais adquiridos e isso ajuda a Lotus manter-se viva e continuar desenvolvendo modelos de nicho. Já aconteceu exatamente o mesmo na Porsche com seu Cayenne (em 2002), coo o qual ganhou dinheiro suficiente com suas vendas para continuar produzindo o 911. Hoje em dia, ele e o Macan sustentam grande parte da estrutura financeira da casa de Zuffenhausen.