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A SSC North America e seu hypercar Tuatara passaram do céu ao inferno quando foram denunciadas irregularidades na medição e no vídeo oficial do seu recorde de velocidade alcançado no último mês de outubro (aqui), que segundo seus dados alcançou uma média de 508.74 km/h e uma máxima de 532 km/h. Uma polêmica que levou o seu CEO, Jerod Shelby, a explicar os erros na medição e anunciar uma segunda tentativa de recorde para dirimir todas as dúvidas.

Uma segunda tentativa que finalmente chegou e onde o SSC Tuatara alcançou uma velocidade média de 282.9 mph (455.28 km/h), uma cifra notavelmente inferior à da primeira tentativa, mas que é suficiente para confirmar este hypercar americano como o carro de produção mais rápido do mundo.

É que as coisas foram diferentes desta vez. Em vez de correr de novo no longo trecho de Nevada, a equipe da SSC se trasladou à pista de testes Johnny Bohmer, no Centro Espacial John F. Kennedy na Flórida, uma pista de 3.7 km, enquanto que ao volante o piloto Larry Caplin ocupou o lugar de Oliver Webb.

Em um comunicado, a SSC explica que estas diferenças levaram a marca a adotar um enfoque diferente no arranque, que foi realizado nesta ocasião como se fosse uma drag race, com o carro a pisando fundo desde o primeiro segundo, em vez de um arranque muito mais suave, porém mais longo como o de outubro.

Com tudo isso a marca assegura que apesar de não ter alcançado as 300 mph nesta ocasião, um dos principais objetivos da SSC, esta foi uma prova ainda mais complicada que a de outubro. Mas a marca, é claro, garante que essas 300 mph continuam sendo sua última meta que seguirão buscando em novas tentativas.

“Testei toda a potência na parte superior da sétima marcha na última corrida”, explicou Caplin em um comunicado de imprensa da empresa. “Estou querendo regressar e superar as 300 mph”.

O que não foi deixado ao acaso foi a medição da velocidade. Para isso estiveram presentes quatro empresas diferentes. “Tivemos a Racelogic com sua equipe VBOX, tivemos a Life Racing, tivemos a Garmin e tivemos a IMRA, que é a International Mile Racing Association”, explica Shelby. “Usamos equipamentos dos quatro grupos e tivemos pessoal de três desses grupos. Mas quando estávamos lá, parece que todos na comunidade automobilística veem a Racelogic e o VBOX como a ferramenta de medição mais respeitada, de modo que tinham múltiplos sistemas em excesso no automóvel, e tinham um homem chamado Jim Lau, seu representante americano, presente em todos os testes”. Um representante que enviou um certificado assinado dos resultados atestando as 279.7 mph (450.13 km/h) na corrida na direção norte e 286.1 mph (460.43 km/h) na direção sul, realizadas com uma hora de diferença, deixando como resultado a média de 282.9 mph (455.28 km/h).

Portanto, e a menos que novos vídeos ou análises desmontem também essa nova tentativa, a SSC North America e o SSC Tuatara garantem o recorde oficial de velocidade máxima que até agora pertencia ao Koenigsegg Agera RS, com uma velocidade média de 447.24 km/h. No entanto, no que diz respeito à velocidade máxima conhecida, por enquanto o rei continua sendo o Bugatti Chiron Super Sport 300+, que alcançou os 490.48 km/h, embora no seu caso tivesse sido unicamente em uma só direção, o que não permite reconhecê-lo como um recorde oficial.